As condições meteorológicas afetam diretamente o produtor rural e o rendimento da safra. Um grande exemplo disso é La Niña e o episódio de El Niño (2015/2016), que resultou em um dos impactos naturais mais fortes registrados nos últimos anos.
Ao que tudo indica, La Niña está prevista para o segundo semestre deste ano, de acordo com a Agência Federal de Meteorologia dos Estados Unidos, a NOAA.
Diante de um cenário tão complexo e até mesmo apreensivo, o produtor rural deve se manter atualizado sobre como a La Niña pode influenciar a safra em 2020.
O que são esses fenômenos?
Antes de elencarmos as consequências, é preciso se aprofundar no significado dessas ocorrências meteorológicas.
El Niño e La Niña são condições climáticas naturais, que influenciam o Oceano Pacífico e a atmosfera. No entanto, os ciclos são opostos: El Niño representa a fase quente, já La Niña representa a fase fria.
Segundo a NOAA, El Niño e La Niña oscilam a cada três ou sete anos, em média.
Como La Niña e El Niño afetam os padrões climáticos?
Ao esfriar ou aquecer determinadas áreas do Oceano Pacífico, os ciclos acabam alterando os padrões de circulação atmosférica. A partir dessas modificações, os fenômenos climáticos começam a se formar, afetando a temperatura em outras partes do mundo.
Além disso, a influência de La Niña e El Niño são tão fortes, que podem provocar eventos meteorológicos extremos. Contudo, nem todas as alterações climáticas são negativas.
O que causa a La Niña e o El Niño?
O ciclo desses dois fenômenos dura, em média, de 9 a 12 meses. Ambos são mais frequentes de março a junho, mas atingem seu potencial máximo durante novembro/fevereiro e, então, enfraquecem.
Por outro lado, tanto o La Niña quanto El Niño podem durar mais de um ano. Entretanto, esse tipo de episódio é mais raro quando se trata do El Niño. Em contrapartida, a La Niña pode durar dois anos ou mais.
Como a La Niña pode influenciar a safra em 2020?
Enquanto a safra americana vê a La Niña com bons olhos, a safra brasileira, especialmente a região Sul do Brasil, entra em estado de alerta. Afinal, o fenômeno traz falta de chuva.
Para os produtores gaúchos essa é, sem dúvida, uma péssima notícia. Especialmente porque a neutralidade climática já acarretou irregularidades na distribuição do volume de chuva.
Em contrapartida, La Niña favorece as culturas de inverno no Rio Grande do Sul. O trigo, por exemplo, é beneficiado pela ausência da chuva.
Estado de alerta para uns, otimismo para outros
Apesar de o Sul expressar suas preocupações com razão, nem todos os cenários são ruins. O Nordeste, por exemplo, vê La Niña com otimismo.
O cenário climático atual está sendo comparado ao de 2007, em que o primeiro semestre ficou caracterizado pela neutralidade climática, culminando na La Niña no segundo semestre. Sendo assim, para a maior parte do Nordeste, a safra tende a ser promissora. Já no Centro-oeste e Sudeste, as chuvas devem atrasar.
Independente se você está cauteloso ou otimista com o cenário futuro, é importante se precaver da melhor forma possível. Portanto, não deixe de visitar nossa nosso site para ficar por dentro dos melhores produtos e equipamentos.