Com os consumidores cada vez mais exigentes em relação à qualidade, os setores de produção de carne suína têm se preocupado cada vez mais com os seus produtos. Isso perpassa pelo controle de todas as etapas em que os animais são submetidos até o seu abate.
Frigoríficos se veem cada vez mais obrigados a adotarem as condições adequadas para o manejo do animal antes do abate e, dessa forma, garantir a qualidade da carne suína.
Caso o bem-estar do animal não seja garantido, podem passar por situações de estresse que influenciam significativamente na qualidade da carne após o abate, o que resulta em um produto com características sensoriais, químicas e físicas, modificadas.
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Estresse no manejo pré-abate
Conforme citado anteriormente, o estresse pode impactar significativamente na qualidade da carne suína. No manejo pré-abate, podem resultar em estresse nos suínos, fatores como por exemplo:
– Psicológicos;
– Motores;
– Mecânicos;
– Térmicos;
– Digestivos;
– De equilíbrio hídrico.
Portanto, cada uma das etapas anteriores ao pré-abate deve ser cuidadosamente monitoradas para que o produto possa manter a sua qualidade, resultando em carnes macias, pálidas e gotejantes.
Jejum pré-abate
Jejum pré-abate é de grande importância no manejo pré-abate. Para isso, é necessária a retirada de toda a ração por 16 horas antes do abate, podendo subtrair esse tempo do transporte até completar esse período. Entretanto, os animais devem ter acesso à água sem restrição.
Uma dica importante que pode evitar o estresse dos suínos é deixar as luzes do galpão apagadas, o que contribui, inclusive, para taxa de mortalidade durante o transporte, bem como a redução do volume de dejetos, vômitos e outras ocorrências, aumentando o tempo do processo de evisceração e possibilitando uma maior segurança alimentar.
Condução até o caminhão
Momento de grande importância é a condução dos animais até o veículo que fará o transporte, onde o produtor poderá analisar a condição física dos animais e identificar a existência de algum refugo.
Caso algum problema seja identificado, o animal deve ser separado dos demais e a venda suspensa para evitar transtornos no frigorífico. Recomenda-se, por exemplo, que os animais sejam soltos aos poucos para evitar o estresse dos mesmos.
Para isso, placas de condução e chocalhos podem ser úteis, com o intuito de evitar contrafluxo dos animais e corredor cheio, que podem provocar lesões nos funcionários que realizam essa atividade.
Transporte e desembarque
O motorista do transporte que conduzirá os animais até o desembarque deve tomar cuidados para garantir o bem-estar e evitar o surgimento de algum tipo de estresse que possa prejudicar a qualidade da carne.
O transporte deve ser realizado nas horas mais frescas do dia e molhados por, pelo menos, 30 minutos com mangueira de baixa vazão ou aspersores, o que ajudará a reduzir a temperatura corporal dos animais e, consequentemente, diminuir o estresse causado pelo embarque.
Vale destacar que essa etapa é tão importante que é responsável por até 70% das mortes no período de pré-abate, segundo alguns estudos.
Tempo de descanso
Após o transporte, os animais devem ficar em descanso por, no mínimo, 3 horas, para que se recuperem de possíveis estresses de embarque e desembarque, além de se hidratarem para retornar os níveis de glicogênio muscular, fundamentais para garantir a qualidade da carne.
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