A criação de galo Índio Gigante está se tornando uma fonte de renda para muitos criadores de animais em todo o Brasil. São aves que chamam a atenção por apresentarem mais de um metro de altura e porte imponente, e também pelo seu modo elegante de andar.
Além de bom reprodutor, o galo Índio Gigante também pode ser criado com fins de abate, proporcionando uma carne considerada muito saborosa, e também para ornamentação, gerando bons lucros aos criadores.
Neste artigo, vamos tratar das principais características e de como criar o galo Índio Gigante. Acompanhe!
Características do galo Índio Gigante
O galo Índio Gigante é uma raça originária do Brasil, resultado de vários cruzamentos entre as raças combatentes puras Shamo e Malaio com galinhas caipiras brasileiras. A ideia era conseguir um animal mais robusto e ao mesmo tempo que tivesse um temperamento tranquilo.
Essa raça apresenta um rápido ganho de tamanho e peso, além de maturidade sexual precoce. Embora seja descendente de aves usadas em combate, o galo Índio Gigante tem um temperamento bem manso.
Os galos dessa raça apresentam canelas amareladas e espessas, carcaça com um formato mais arredondado e com volume; a calda aponta para baixo; cabeça é grossa e larga, além de possuir barbela de boi (pedaço de pele que cresce entre o pescoço e o bico).
Um das principais finalidades seria a criação voltada ao corte, pois alcançam o ponto de abate mais cedo do que outras as raças dessa finalidade. Mas, atualmente se destaca, como citamos, pela sua imponência e beleza, sendo usado para cruzamentos.
Ademais, é preciso observar que essa raça ainda não está reconhecida oficialmente. De acordo com Associação Brasileira de Criadores de Aves da Raça Índio Gigante – ABRACIG, serão necessários mais alguns anos com o propósito de se chegar ao melhoramento genético que permita obter o registro como animal Puro de Origem (PO). Mesmo assim, sua criação está se expandindo cada vez mais por todo o país.
Crescimento e reprodução do galo Índio Gigante
De acordo com o padrão exigido pela entidade, o galo Índio Gigante deve apresentar, no mínimo 1,05 m de altura e peso a partir de 4,5 kg. Já as fêmeas precisam ter 95 cm de altura e pesar, no mínimo, 3 kg em sua fase adulta.
Por ser um animal com genética de grande estatura, os exemplares têm um crescimento mais rápido quando comparado as outras raças de galináceas. Além disso, tem a capacidade de ganhar peso de forma acelerada. Por isso, especialistas afirmam que possui dupla aptidão: ornamental e de corte.
Os galos Índio Gigante começam sua fase reprodutiva em idades variadas, principalmente, os machos. Os galos mais precoces alcançam a maturidade reprodutiva durante o período que vai dos seis aos nove meses de vida, já as aves mais tardias chegam à fase reprodutiva aos 14 meses de vida.
Independente da precocidade ou do atraso, os machos podem manter a fase reprodutiva por bastante tempo, podendo se manter ativos sexualmente por um período de cinco anos.
As galinhas Índio Gigante alcançam a fase reprodutiva no mesmo período que as raças de galinha caipira. Dessa forma, a postura dessas aves tem início a partir do sétimo mês de vida, sendo que, cada matriz gera cerca de 50 ovos por temporada, no mínimo. São ovos grandes, ricos em proteínas e de ótima qualidade.
Leia também: Galinhas poedeiras: criação e principais raças.
Como criar o galo Índio Gigante
O manejo das aves da raça Índio Gigante é o mesmo aplicado à criação das raças de galinhas caipiras, mesmo porque, conforme citamos acima, são domesticadas, dóceis e fácil de lidar, apresentando ainda outra característica importante: não necessitam de muitos cuidados e investimentos para se desenvolver.
O galo Índio Gigante consegue se adaptar bem a todos os climas nacionais, mesmo os de frio e calor intenso. A dica é começar com no mínimo um galo e duas galinhas (de preferência adultos) sem parentesco até a quarta geração, com o fim de evitar problemas de consanguinidade.
Geralmente essas aves são criadas soltas ou em um sistema semi-intensivo, com acesso livre a pastagem. Entretanto, por serem de grande porte, precisam de um espaço maior visando manter a qualidade de vida.
Caso fiquem em ambientes pequenos podem ficar estressadas e ter um temperamento mais agressivo, inclusive com disputa entre os machos pela dominação do território.
A alimentação dos animais não precisa ser diferenciada, sendo baseada em produtos vegetais como milho e soja, frutas e hortaliças cruas (exceto alface). Entretanto, a utilização de rações balanceadas é interessante porque vai manter ideais os níveis de vitamina D, cálcio e minerais, sobretudo se forem destinados à venda.
É importante também que os criadores fiquem atentos à vacinação. É comum que exemplares dessa raça sofram com doenças, como a bouba aviária e a doença de Newcastle. Ambas são de origem viral, altamente contagiosas e que têm o poder de acabar com criações inteiras, se não tratadas corretamente.
No vídeo abaixo, confira como funciona um criatório de galo Índio Gigante em Jaguariúna/SP:
Lucratividade
Graças ao melhoramento genético aplicado às aves da raça Índio Gigante, os exemplares garantem um bom lucro aos criadores.
Segundo a ABRACIG, o preço médio de venda de um animal macho fica entre R$ 3 a R$ 5 mil, enquanto as matrizes fêmeas podem sem encontradas à venda por valores entre R$ 1,500 mil a R$ 3 mil.
Todavia, a entidade já registrou a venda de exemplares machos que alcançaram o valor de R$ 200.000. Melhores fêmeas podem ser vendidas por até R$ 75.000,00.
Conclusão
Portanto, como mostramos neste artigo, a criação de aves da raça Índio Gigante podem garantir um bom retorno financeiro, levando-se em conta que são de fácil manejo, dependendo somente de alguns fatores que incluem espaço, alimentação e alguns cuidados com a saúde.
Para continuar por dentro do assunto, aproveite para acessar nosso post e conhecer mais sobre as galinhas Embrapa 051. Boa leitura!