A mastite é uma das principais causas de prejuízos na produção de leite. Estima-se que uma vaca adulta que apresente um caso clínico da doença durante seu período de lactação deixe de produzir 700 kg de leite.
Veja neste artigo os impactos econômicos que a mastite pode causar no mercado de laticínios.
Mastite crônica
É importante chamar a atenção para o fato que existem diferentes tipos de mastite e a crônica pode ser a mais séria delas.
Isso porque, por ser uma forma que não apresenta chances de cura, a mastite crônica pode aparecer diversas vezes durante o período de lactação do animal e pode facilmente não ser percebida, o que aumenta a chance de prejuízos constantes com a produção.
Para tentar frear o problema, produtores podem procurar alternativas para implementar as medidas de controle e melhorar a saúde do úbere, podendo contratar um veterinário especializado no caso, para manter o rebanho sempre saudável.
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Perdas econômicas causadas pela mastite
Além da perda na produção do leite, a mastite pode impactar economicamente o produtor pelos gastos com medicamentos e até perdas de glândulas importantes, deixando o animal impossibilitado de voltar a produzir mesmo depois de curado.
Outra variação da mastite, a clínica, causa uma rápida redução na produção do leite logo após os sintomas. Apesar de sua recuperação ser rápida — em torno de 6 dias — a perda é de 30%.
No entanto, ainda que a recuperação pareça rápida, o úbere ainda precisará de mais 60 dias para voltar a produzir em grande quantidade, fazendo a média diária ser reduzida pela metade.
Em estimativa de valores, em cada caso de mastite clínica gasta-se, atualmente, R$ 500,43 por vaca/ano, sem incluir os gastos com a prevenção.
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Por que você deveria se preocupar com mastite ambiental?
A mastite ambiental também pode ser uma grande vilã da produção pujante de laticínios.
A transmissão ambiental ocorre por causa da ação de micro-organismos que podem ser encontrados em coliformes ou na presença de dejetos. Estes agentes podem ser encontrados com facilidade no ambiente onde o animal repousa, como sua cama ou lugares externos onde a vaca pode vir a fazer um descanso.
Por ser uma doença de fácil transmissão, é importante que o produtor esteja sempre atento ao ambiente que oferece para seus animais. A limpeza precisa ser diária e custará mais barato do que cuidar de um rebanho doente e sem poder produzir posteriormente.
O que fazer para reduzir as perdas produtivas?
Além da limpeza dos locais de convivência dos animais, é importante que o produtor também esteja atento a cada vaca em particular.
É recomendável que se faça o uso de toalhas de papel descartáveis e exclusivas para cada animal e realizar a ordenha de forma correta, de modo a buscar pequenas infecções que podem ser facilmente tratadas.
Testes como o CMT e o tradicional teste da caneca de fundo preto ajudam a identificar a doença por meio do número de células somáticas e indicam a presença de patógenos, que migram para dentro da glândula como uma defesa do corpo.
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