Alimento presente na mesa de muitos brasileiros, a mandioca é a matéria-prima da farinha que integra diversos pratos, como o sagu e o angu, por exemplo. No entanto, a sua boa oferta pode estar sofrendo algumas baixas durante 2020.
Saiba como a produtividade baixa pode limitar a oferta da mandioca em 2020. Boa leitura!
Expectativas para o mercado de mandioca em 2020
O segundo semestre de 2019 foi marcado por um período de estiagem, que dificultou o plantio da raiz de mandioca em algumas regiões do Centro-Sul, projetando, assim, uma produtividade abaixo da média para o ano corrente.
No entanto, as expectativas que já estavam baixas, ganharam panoramas ainda mais complicados pela pandemia do novo coronavírus. Com o avanço do vírus, a colheita da raiz de mandioca sofreu algumas restrições.
Em um artigo divulgado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o início do segundo trimestre de 2020 era aguardado pelos produtores rurais, já que o início de abril é marcado por intensificação da colheita de raiz de mandioca.
Apesar do prognóstico positivo após iniciar o ano em queda de produtividade, a colheita exige uma intensa mão de obra, o que foi prejudicado devido às medidas de isolamento social, impostas para tentar reduzir o contágio do coronavírus.
Com poucos trabalhadores se dedicando à colheita, seu ritmo foi impactado, fazendo o mercado reagir negativamente, principalmente pelo baixo interesse da indústria na totalidade.
Ainda segundo o artigo, com as vendas dos produtos derivados da raiz de mandioca, algumas unidades de moagem reduziram seus turnos de trabalho ou fizeram a suspensão das atividades para evitar maiores prejuízos.
Sendo assim, o cenário do mercado de mandioca para 2020 continua sendo de baixa produtividade, com uma margem de lucro decrescente por parte do produtor, perdendo espaço para a produção de grãos e de boi gordo.
Veja este artigo: Mandioca brava e de mesa: entenda suas diferenças.
Principais produtos derivados da mandioca que serão afetados
Devido aos problemas de estiagem e a redução do trabalho na colheita pela pandemia de Covid-19, alguns produtos derivados da raiz de mandioca poderão sentir os efeitos da baixa produção.
Entre eles, destacam-se a farinha de mandioca e a fécula. Para o primeiro, a baixa produtividade afeta um dos alimentos mais consumidos no Brasil e a qual poderia se beneficiar pelos seus valores baixos no mercado.
Já para a fécula de mandioca, presente em produtos como o amido, a expectativa é que com a baixa colheita durante a pandemia, as fecularias tenham um aumento em seu estoque de até 40%, registrando uma queda de quase 30% nos preços praticados no mercado.
Primeiras projeções para o mercado de mandioca em 2021
O produtor agropecuário pode se preparar por um grande período sentindo os impactos negativos da pandemia. As projeções para o início de 2021 demonstram uma forte queda no plantio da mandioca.
Alguns produtores, inclusive, já escolheram não arriscar mais um período de prejuízos e podem voltar atrás em contratos de arrendamentos. O momento pede extrema cautela e uma boa análise das oportunidades de uma retomada ainda que tímida.
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