Neste artigo, explicaremos como o clima pode interferir na sua produção de feijão. De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), são três os elementos climáticos que devem ser observados para o sucesso na produção.
Devem ser analisadas para a aplicação de práticas de manejo, que vão garantir uma colheita satisfatória:
– Temperatura do ar;
– Radiação solar;
– Chuvas.
Continue a leitura para saber mais!
Como a temperatura do ar pode interferir na sua produção de feijão
Entre os elementos climáticos acima citados, a temperatura do ar é o que possibilita o devido desenvolvimento da sua produção de feijão. A temperatura ideal e recomendada, segundo a Embrapa, é um clima que varie em torno de 29ºC durante o dia e 21ºC pela noite.
Temperaturas muito altas vão interferir na produção de feijão, sobretudo se houver pouca irrigação e estiagem. Nas fases de floração e frutificação, as altas temperaturas resultam no abortamento das vagens e flores.
Entre os problemas que poderão ser verificados estão a deficiência na maturação das vagens e dos grãos e redução do ciclo do feijoeiro, prejudicando o enchimento dos grãos que, por sua vez, diminuem o potencial de rendimento da colheita.
Por outro lado, temperaturas muito baixas influenciam negativamente na germinação das sementes e impedem o devido crescimento das plântulas. Fora isso, ainda podemos citar a intolerância do feijão a temperaturas extremas e presença de geada.
De modo contrário às altas temperaturas, as baixas temperaturas provocam o aumento do ciclo do feijoeiro, impactando no número de vagens e, consequentemente, no número de grãos da produção de feijão.
Leia também: Feijão: dicas no plantio
Importância da radiação solar para a sua produção de feijão
As fases de reprodução e maturação de sua produção de feijão se beneficiam com a incidência de radiação solar. Na ausência de luz solar, o auto-sombreamento irá impedir a penetração da radiação solar nas folhas inferiores da planta, impactando no número de vagens e grãos.
Para prevenir esse risco, é possível diminuir o número de plantas por unidade de área ou fazer a redução da adubação nitrogenada para conter o crescimento do feijoeiro. Cabe ressaltar, que esta sugestão deve ser analisada junto a um técnico ou engenheiro agrícola.
Como as chuvas podem interferir na sua produção de feijão
O excesso de umidade é prejudicial à produção de feijão, uma vez que influencia na germinação do grão no interior da vagem. Fora isso, também favorece a formação de fungos que, por sua vez, provocam o apodrecimento dos grãos.
A etapa mais impactada pela presença das chuvas é a colheita, uma vez que o atraso poderá prejudicar o valor de mercado da produção de feijão. Na fase de maturação, o risco de perda da produção pode ser contido.
Como prevenir a interferência do clima na sua produção de feijão
Como visto, o clima pode interferir na sua produção de feijão sendo necessário tomar algumas medidas de prevenção para evitar danos à colheita e, consequentemente, ao rendimento que se espera dela.
O zoneamento agroclimático deve ser realizado, em virtude de prevenir problemas na produção de feijão. Este procedimento, já conhecido pelos produtores, compreende o detalhamento dos períodos e áreas mais adequados para evitar a interferência negativa do clima.
Os melhores períodos irão variar conforme a região geográfica em que o produtor se encontra, bem como as condições do solo para o plantio e capacidade de produção, o que envolve os equipamentos disponíveis para a produção de feijão.
O zoneamento agroclimático é essencial para entender qual a melhor época para a semeadura, auxiliando, entre outros aspectos, a diminuir os riscos de queda na produção de feijão e facilitar a obtenção de crédito rural.
Por meio desse conhecimento, é possível ainda compreender qual a melhor distribuição de plantas pelo espaço disponível, maximizando a utilização da água e nutrientes disponíveis e proporcionando maior eficiência fotossintética.
As condições ideias de plantio, em termos de tipo de solo, de acordo com a Embrapa, devem ter umidade moderada e rico em matéria orgânica, sistema de irrigação eficiente e ausência de compactação do solo nas camadas superficiais (0 a 25 cm de profundidade).
Produção de feijão no Brasil
Em 2019, segundo a Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses), o Brasil exportou uma quantidade recorde de feijão, somando US$ 111 milhões e mais de 165 mil toneladas do produto.
O Brasil se destaca, inclusive, como o maior produtor e também consumidor de feijão comum. As condições climáticas favoráveis permitem a colheita o ano todo, variando conforme diferentes regiões do país. O Estado que detém a maior produção de feijão é o Paraná, desde 2006.
A agricultura familiar, segundo o Censo Agropecuário, é responsável por 70% de toda a produção de feijão no país, tornando essa atividade imprescindível para a qualidade de vida da população e economia nacional.
A produção de feijão compreende três safras:
– Primeira: de agosto a dezembro;
– Segunda: de janeiro a julho;
– Terceira: com surgimento na década de 80, entre os meses de maio a julho ou agosto.
A primeira safra, “das águas”, se concentra nas regiões Sul e Sudeste e Sul da Bahia. Já a segunda, considerada “da seca” engloba todos os estados, sobretudo os do Nordeste. A “safra de inverno”, a terceira, se concentra majoritariamente em Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Goiás.
O produto apresenta alta aceitação no mercado brasileiro e tem um ciclo curto entre o plantio e a colheita, totalizando um período aproximado de 90 dias. Nas três safras anuais, o Paraná mantém o seu status de maior produtor, tanto na semeadura, quanto na produção de feijão.
Este título é resultado das condições climáticas favoráveis, embora a geada na segunda safra seja um desafio. As chuvas em volume adequado e regular garantem uma produção de feijão consistente.
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