O plantio da acerola é muito comum em pomares e também em quintais de residências em quase todas as regiões do país. Um dos principais motivos é que, além de ser uma planta de fácil cultivo, trata-se de uma das frutas mais ricas em vitamina C.
Ou seja, engana-se quem imagina que, por conta do seu pequeno tamanho, a acerola apresenta uma quantidade de vitamina C insignificante. Pelo contrário: chega a ter 100 vezes a quantidade de vitamina C que a laranja tem, e 10 vezes mais que a goiaba. Só por esse detalhe o consumo da acerola já seria muito importante ao nosso organismo. No entanto, ela proporciona muitos outros benefícios ao ser humano.
Por isso, neste post apresentaremos as principais características dessa fruta e também ensinaremos como plantá-la. Ficou interessado? Então, vamos lá!
Benefícios da acerola à nossa saúde
Conhecida também como cereja-das-antilhas, a acerola (Malpighia emarginata) é uma fruta que tem como origem as Antilhas, na América Central. Dessa maneira, ao contrário do que muita gente pensa, a acerola não é uma fruta natural do Brasil. Ela chegou ao nosso país durante a década de 1940 e logo adaptou-se bem aos climas tropical e subtropical.
De qualquer forma, não demorou muito para “cair no paladar” dos brasileiros. Essa fruta tem diferentes variedades e sabores: as mais ácidas (com maior concentração de vitamina C), que são indicadas para a industrialização, e as mais doces, que são consumidas in natura.
Além da tão falada vitamina C, que fortalece o nosso sistema imunológico, ajudando no combate às infecções e na prevenção de gripes e resfriados, a acerola também possui outras vitaminas, como A, B1, B2 e B3. Também apresenta minerais, como cálcio, fósforo, ferro, magnésio e potássio.
O teor de fibras da acerola, por sua vez, colabora para melhorar o trânsito intestinal, estimulando aquelas bactérias boas que existem em nosso sistema gastrointestinal. Assim, podemos dizer que a acerola é um importante alimento para a saúde e forte aliado na prevenção de doenças.
O seu consumo pode ser feito em forma de sucos, sorvetes, geleias, xaropes, licores, doces em caldas, além de in natura, conforme já citamos. Seu consumo diário ideal é de 6 a 8 unidades, evitando excessos, principalmente no caso de pessoas que têm sensibilidade e irritação gástrica.
Agora que você já conhece os benefícios da acerola ao nosso organismo, vamos trazer o passo-a-passo de como plantar e cultivar essa fruta. Confira!
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Como plantar e cultivar a acerola com sucesso
Como já citamos anteriormente, o pé de acerola (chamado de aceroleira) se adapta melhor aos climas tropical e subtropical, tendo seu desenvolvimento ideal em regiões com faixa de temperaturas entre 15 °C e 32 °C, e médias anuais próximas a 27 °C.
De acordo com a Embrapa, é importante ter um bom volume de chuva (entre 1200 e 1600 mm anuais) ou sistema de irrigação. Também é imprescindível que o local escolhido tenha uma boa incidência de luz solar.
O cultivo pode ser feito em solos arenosos e argilosos, sendo recomendada adubação para garantir maior produtividade. Se for um plantio em escala comercial ou com vários pés no seu pomar, o ideal é realizar uma análise de solo, que irá apontar eventuais deficiências de nutrientes.
Quanto ao plantio da muda, cada cova deve ter 40 cm de profundidade por 40 cm de largura, sendo recomendado, cerca de 30 dias antes, a aplicação de adubo orgânico ou químico, misturado com um pouco de terra.
O próximo passo é colocar a muda na cova e acrescentar o restante da terra, fixando uma estaca, que vai ajudar no crescimento, amarrando, de preferência, com uma fita larga, que evitará o estrangulamento da planta.
Como outras espécies frutíferas, a acerola também pode ser plantada em vaso. Confira no vídeo:
O cultivo da planta é simples
O pé de acerola é uma planta que exige uma boa irrigação. Nos primeiros meses de cultivo, o ideal é que isso ocorra pelo menos duas vezes ao dia, porque ajuda no desenvolvimento das raízes.
Porém, quando o pé já estiver adulto, é possível regar apenas uma vez ao dia. Dica: nunca esqueça de molhar a planta durante o período de floração para ter sucesso na safra.
Outro ponto importante para o sucesso do cultivo da acerola é a realização das podas. A primeira delas é a poda de formação: após o pegamento da muda, caracterizado pelo surgimento de novos brotos, a planta deve ser conduzida em haste única, até a altura de 50 a 60 cm do solo. Depois, oriente a brotação de 3 a 4 ramos, que devem ser bem localizados e distribuídos, para formar a estrutura básica da copa. Uma vez alcançada a altura, deve-se realizar o desponte visando a diminuição da dominância apical.
Outro tipo de poda necessário é a poda de limpeza, para retirada de ramos ladrões e mal localizados, brotações voltadas para baixo e galhos doentes. Essa poda deve ser realizada sempre que esses tipos de ramos surgirem.
Além disso, também existe a poda de inverno, ou poda de frutificação, realizada durante o repouso vegetativo para estimular a produção de flores e frutos. Atente-se para que seu pé de acerola esteja bem nutrido e tenha cuidado para não se empolgar demais na hora de podar, para não prejudicar a produção.
Embora tenha uma boa rusticidade, a aceroleira não está imune ao ataque de pragas e a ocorrência de doenças. As pragas mais comuns são os pulgões, cochonilhas, percevejo, bicudo e nematoides. O controle deve ser feito com defensivos agrícolas e também pulverizações de óleo mineral emulsionável, além de aplicar o manejo integrado de pragas.
Já as doenças mais comuns são a cercosporiose, a antracnose e a mancha-alvo. Todas doenças fúngicas favorecidas pela alta umidade. Para o controle, recomenda-se a utilização de fungicidas específicos e irrigação por gotejamento, microaspersão ou em sulcos, evitando a irrigação por aspersão convencional, que implica em molhamento foliar.
E então, essas informações foram úteis para você? Gostou de saber um pouco mais sobre os benefícios e o cultivo de acerola? Aproveite e acesse também o nosso artigo sobre a atemoia. Boa leitura!