O cultivo da mandioca, por ser de ciclo bianual, pode estar sempre sujeito a diversos ataques de pragas, causando danos severos às plantações e enfraquecendo a produtividade econômica do agronegócio.
Dessa forma, a melhor maneira de combater essas pragas é possuir conhecimento necessário para que seja feita a remoção e a prevenção dos danos causados na planta.
Portanto, nesse artigo, falaremos sobre as 5 principais pragas encontradas nas plantações de mandioca. Afinal, conhecer cada uma delas é fundamental para que sejam encontradas formas de acabar com suas consequências.
As informações a seguir foram retiradas do “Guia para reconhecimento dos principais insetos, ácaros-praga e inimigos naturais da cultura da mandioca“, desenvolvida pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
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Mosca-branca
Mesmo na fase adulta, esses insetos são muito pequenos e encontram-se na região superior das plantas e nas áreas inferiores das folhas. A mosca-branca despeja uma substância açucarada que permite o nascimento do fungo preto, prejudicando a fotossíntese da mandioca.
Dessa forma, os danos ocorrem por causa da sucção da seiva, o que leva ao enrolamento das folhas novas, o amarelamento e a queda foliar. Além disso, o sabor da mandioca fica mais amargo e a propagação de viroses é maior, devido as raízes possuírem um alto teor de água.
Lagarta do Mandarová
Essa mariposa é conhecida pela sua coloração cinza e asas de cor marrom avermelhado com bordas pretas. Suas cópulas surgem durante a noite.
Por isso, é recomendado que se utilize armadilhas luminosas, em pontos altos, para identificar o período de início da infestação. Após sua localização na plantação, é fundamental monitorar o campo para a identificação dos ovos e o tamanho das lagartas.
Percevejo-de-renda
A mosca-de-renda ou percevejo-de-renda (Leptopharsa heveae – Hemiptera: Tingidae), possui apenas três milímetros de comprimento, uma coloração acinzentada, asas redondas e vive em torno de 23 a 90 dias. Em sua juventude (ninfas), esses insetos possuem coloração branca e são menores que os adultos, apesar de possuírem as mesmas condições morfológicas.
O percevejo-de-renda vive em colônias e se localizam, na maioria das vezes, nas áreas inferiores das folhas de baixo e do meio. Em ataques mais agressivos, podem ocupar as folhas do ponteiro (apicais). Tanto na fase de ninfas quanto na adulta podem causar danos à mandioca.
Este inseto-praga inicia o ataque pelas folhas baixas, indo até o ápice da planta. Quanto maior o número e tamanho, causam manchas amareladas e posteriormente nos tons marrons avermelhados. Na parte inferior das plantas, os pontos pretos são os excrementos desse inseto.
Brocas-da-haste
As fêmeas despejam os seus ovos nas áreas tenras das hastes da mandioca. Ao nascerem, as larvas se alimentam escavando galerias, o que impossibilita a circulação da seiva, causando, consequentemente, o enfraquecimento e morte da planta.
Sua identificação é facilitada devido à localização dos ataques, que ocorrem nos orifícios de entrada. Dessa forma, as escavações em formas de túneis possibilitam a localização dessa praga.
Cochonilha da parte aérea
Diversas espécies de cochonilhas são encontradas tanto na África, quanto na América do Sul. Porém, as que causam maior estrago econômico são as Phenacoccus herreni e P. manihoti.
Ambas as espécies possuem ciclos similares. A única diferença é que a P. herreni se reproduz sexuadamente (com a presença de machos), enquanto a P. manihoti se reproduz através da partenogênese (fêmeas gerando fêmeas).
E então, gostou de saber mais sobre as principais pragas da mandioca?
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