A produção ovina é baseada em pastagens. Portanto, é fundamental contemplar diversos fatores que podem influenciar na qualidade da alimentação dos cordeiros.
Para manter os cordeiros saudáveis, é preciso garantir que eles recebem os nutrientes necessários. Por isso, elencamos ao longo deste artigo, 9 conselhos para alimentação de cordeiros. Veja!
Hábitos alimentares
Antes de adentramos no tema principal, é importante compreender como os hábitos alimentares podem influenciar na alimentação de cordeiros.
Por exemplo: o cordeiro recém-nascido tem o rúmen e o retículo com um escasso desenvolvimento, portanto, é crucial ter cuidado na sua alimentação.
Diante deste cenário, a precaução deve ser redobrada, especialmente no quesito nutrientes.
Além disso, é importante ficar atento às principais raças de ovinos no Brasil, bem como suas características.
9 conselhos para alimentação de cordeiros
Para começar nossa lista de conselhos para alimentação de cordeiros, vamos partir de alguns princípios básicos de nutrição.
Manutenção da saúde do rúmen
É essencial ater-se à saúde e a função do rúmen. Portanto, as dietas alimentares devem conter grãos que forneçam a quantidade ideal de nutrientes para o cordeiro. Caso contrário, algumas consequências indesejadas podem surgir.
Vale ressaltar que se a função do rúmen for prejudicada, o crescimento e o desempenho físico do cordeiro podem afetados de forma grave.
Comprimento das fibras
É importante ficar de olho no comprimento da alfafa, que deve ter o comprimento mínimo de 3,5 a 5,0 cm de fibra.
O sinal mais claro do comprimento inadequado de fibra, é quando um cordeiro mastiga lã ou puxa lã de outros cordeiros. Inclusive, isso pode se tornar um hábito rapidamente.
Ingestão de água
Um dos principais conselhos para alimentação de cordeiros é a ingestão de água.
Esse recurso é essencial e está relacionado diretamente com a ingestão de alimentos. Portanto, a água deve estar sempre limpa, fresca, abundante, nem muito quente e nem muito fria.
Todos esses cuidados garantem a ingestão adequada e um bom desempenho de crescimento.
Além disso, se o cordeiro estiver devidamente hidratado, as chances de cálculos urinários diminuem de forma significativa.
Em contrapartida, se o cordeiro não receber água o suficiente, os riscos dos cálculos urinários aumentam drasticamente.
Características de uma boa alimentação
Para garantir que você está no caminho certo, é preciso estar atento em alguns tópicos específicos, são eles:
• O animal deve manter uma boa ingestão de alimentos;
• Crescimento e desenvolvimento adequado do animal;
• Boa aparência física como a lã, pele, entre outros aspectos;
• Condicionamento adequado.
Existem outros fatores que demonstram que a alimentação do cordeiro está de acordo com os nutrientes necessários. Contudo, as informações acima são de grande valia para identificar este quadro.
Características de uma má alimentação
Da mesma forma que o cordeiro dá sinais de uma boa alimentação, a má também deixa vestígios, são eles:
• Aumento da largura da base do cordeiro;
• Aumento do comprimento do pescoço do cordeiro;
• Aumento do comprimento do lombo do cordeiro;
• Aumento do comprimento traseiro do cordeiro.
E esses são apenas alguns dos indicativos de uma má alimentação.
Alimente mais de um cordeiro ao mesmo tempo
Vale lembrar que a natureza das ovelhas é a convivência do tipo pastoreio ou rebanho, portanto, dois cordeiros, por exemplo, se saem muito melhor do que um.
Cordeiros que se alimentam juntos, apresentam um desempenho muito melhor. Sendo assim, é importante criar uma planejamento para expor o animal de forma consistente a esse tipo de interação.
Cuidados na gestação
Se você almeja garantir um cordeiro saudável, é preciso cuidar dos seus nutrientes desde o princípio. Este conselho para alimentação de cordeiros é, sem dúvida, um dos mais importantes.
A ovelha prenhe necessita antes e depois do parto de uma dieta rica, que lhe forneça alta energia, como grãos, por exemplo. A quantidade ideal desses nutrientes vai refletir diretamente no colostro após o nascimento do cordeiro. Principalmente no terço final da gestação, quando o cordeiro desenvolve 65% do seu tamanho ao nascer.
Portanto, se a ovelha apresenta uma alimentação adequada, tanto ela quanto o cordeiro estão consumindo uma dieta de alta qualidade. Sendo assim, o peso do cordeiro pode ser alcançado mais rapidamente.
Mamadeira e desmame
Se você tem algum cordeiro que depende da mamadeira para tomar leite, aqui estão algumas dicas para fazer essa atividade da maneira correta, garantindo, então, a nutrição adequada:
• Busque utilizar intervalos na alimentação que imitam o comportamento natural;
• Durante as primeiras duas semanas, alimente os cordeiros, pelo menos, quatro vezes por dia. Em seguida, de três a quatro vezes por dia até que o animal complete 30 dias.
Já para o desmame, aqui vão alguns conselhos:
• Assim que o cordeiro tiver 10 dias, introduza alimentos de qualidade com a quantidade mínima de proteína bruta entre 16 a 18%;
• Forneça água limpa e fresca.
Vale lembrar que é fundamental estar atento a todos os períodos de transição da alimentação do cordeiro, assim como as exigências de cada fase.
Dicas de alimentos ricos em nutrientes
É importante ficar de olho na dosagem dos nutrientes para garantir uma dieta balanceada para o cordeiro. Confira as principais dicas:
• Pastagem: neste caso, as espécies recomendadas são capins dos gêneros Cynodon, Panicum, Pangola, Rhodes, Pensacola, entre outros;
• Amoreira: a amora tem um alto nível de proteína (22% PB), o que faz da fruta uma ótima opção de nutrientes;
• Silagem de milho: o valor energético deste alimento é excelente, contudo, apresenta baixo teor proteico, sendo assim, deve ser servido com suplementação;
• Silagem de capim-elefante: apresenta um valor nutritivo ótimo, mas deve ser colhido precocemente, por volta de 35 a 45 dias.
Entretanto, se você deseja alimentos concentrados com alto teor energético ou proteicos, aqui estão algumas sugestões:
• Grão de milho: por ser rico em amido, o grão de milho é uma ótima fonte energética, mas possui baixo teor de proteína;
• Farelo de algodão: uma ótima fonte proteica, girando em torno de 28 a 38% de proteína bruta (se usado de maneira inadequada, pode conferir um gosto pouco atrativo à carne)
• Raiz de mandioca: ótimo valor energético, pode compor a dieta em até 30%. Contudo, oferece pouca proteína e minerais;
• Farelo de soja: uma das melhores fontes proteicas. O alimento oferece de 45 a 47% de proteína bruta.
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