Muito tem se falado em cafés especiais, o café saído do campo invadindo os mercados nacionais e internacionais, as cafeterias e a gastronomia.
É um produto específico, voltado aos apreciadores e degustadores no mercado interno e externo. Consumidores estes que buscam qualidade e não preço. Estão dispostos a pagar pela qualidade do produto.
Qual o significado do termo “cafés especiais”? Essa expressão Café Especial vem do termo em inglês “Specialty coffee” ou “Speciality coffee”.
Na tradução, significa café de especialidade, mas no Brasil ficou conhecido por café especial. É o café classificado com 80 pontos ou mais em uma escala de 100 da Metodologia SCA de Avaliação Sensorial.
Como os cafés são avaliados
Cafés especiais, cafés na sua máxima qualidade de sabor e são diferentes dos outros cafés, pois são plantados na perfeita altitude, na época certa do ano, no melhor solo e colhidos no tempo certo.
Cafés esses avaliados pelos quesitos: Fragrância e aroma; Sabor; Finalização (o gosto que permanece no paladar); Acidez; Corpo (sensação tátil do líquido na boca); Equilíbrio (equilíbrio dos vários aspectos de sabor, finalização, acidez e corpo da amostra se complementam ou contrastam um com o outro); Doçura; Ausência de defeitos; Uniformidade (consistência do sabor).
O Brasil reúne condições favoráveis para produzir cafés especiais? Sim. O Brasil possui diversidade de topografia, condições climáticas favoráveis, altitude, enfim, todos os requisitos para o cultivo desses cafés.
Cafés especiais na Pandemia? Muitos negócios estão sendo afetados devido a pandemia. O agronegócio faz parte da linha de frente que não pode parar.
Tem dispensado um tratamento maravilhoso garantindo a qualidade aos cafés especiais. Não houve problemas climáticos, choveu na época certa e tudo isso favorece muito.
Cuidados especiais com os cafés
As características desses grãos são resultantes dos cuidados que vão desde a escolha da semente até o processo pós-colheita. Para conseguir esses feitos deve-se esmerar com os cuidados.
1- Caprichar no pós-colheita: O café depois que desconecta do pé começa a perder qualidade e antes mesmo de ser colhido já começa a ser analisado.
Grãos que aparentemente representam estar maduros, ainda não estão prontos e com a quantidade de açucares necessários para produzir aquele café.
2- Preparados para o pós-colheita: o pós-colheita, lavadores, desmuciladores, fermentação controlada.
O mais importante é ir aprimorando seu laboratório, uma sala de prova dentro da propriedade, com profissionais experientes e responsáveis na propriedade.
Esse profissional pode ser capacitado pela propriedade para que possa ir provando o seu café, avaliando as nuances e as características à medida que vai sendo colhido nas lavouras e nas suas respectivas variedades. Hoje a fazenda tem que ser um laboratório à céu aberto.
3- Ter um profissional dentro da sua propriedade rural: ao fazer sua entrega de café tenha a consciência que o está entregando dentro das especificações das travas que foram feitas e que também possa separar aqueles cafés extremamente especiais.
Diferenças entre cafés tradicionais e especiais
Quando falamos em produzir cafés tradicionais, para venda no mercado, há exigência de uma preparação para o enfrentamento da concorrência que estimule as vendas através de metas, com preços compatíveis e marketing ousado.
Quando falamos de cafés especiais, falamos de um público diferenciado. O café lhes é oferecido para degustação, não o induzimos a compra. O café fala por si próprio que, caindo no gosto do apreciador, vai adquiri-lo não se importando com o valor a ser pago.
Confira nosso artigo anterior sobre Sustentabilidade e Agronegócio.