Os dois principais sistemas de plantio adotados no Brasil são o direto e o convencional. Eles são usados de acordo com a cultura e as características de cada lavoura. Basicamente, a diferença entre os dois é o preparo do solo.
Método convencional utiliza mais etapas de manejo da terra, como a aração e a gradagem. Já o direto, é mais prático, porque dispensa esses procedimentos e aproveita os resíduos vegetais como cobertura para proteger a plantação.
Neste artigo, vamos abordar as diferenças entre os métodos, para que você faça a melhor escolha para sua lavoura.
Plantio direto no Brasil
Devido ao aumento da atividade agrícola brasileira, o método de plantio direto ganhou mais espaço entre os produtores rurais. Atualmente, já está presente em mais de 32 milhões de hectares, segundo dados da FEBRAPDP.
Como é feito o plantio convencional?
Antes de plantar, é preciso preparar o solo. Isso significa remover toda a vegetação do terreno e utilizar técnicas para revolver a terra.
A aração é feita para descompactar o solo, tratá-lo com fertilizantes e retirar as ervas daninhas. Posteriormente, a gradagem tem a função de nivelar a camada arada.
Antes do plantio, existe a etapa da calagem, que nada mais é do que a aplicação de cal no terreno, para reduzir a acidez do solo. Somente depois de todos esses processos, é que a terra está pronta para ser semeada.
Como é feito o plantio direto?
Essa modalidade manipula de maneira mínima o solo. No momento do cultivo, é aberto um sulco, onde são depositados as sementes e fertilizantes. Os resíduos vegetais, conhecidos como palhada, são usados como uma espécie de cobertura para o solo, muito comum nas plantações de soja.
O plantio direto utiliza muito a rotação de culturas para se ter uma boa quantidade de palhada. Portanto, o plantio direto resume-se nesses três pilares:
– Mínimo ou nenhum revolvimento do solo;
– Uso da palhada como cobertura morta;
– Rotação de culturas.
Sistema sustentável
O sistema de plantio direto representa uma evolução nos processos agrícolas, principalmente no aspecto ambiental. A cobertura morta ameniza os efeitos da erosão e retém mais umidade, o que significa maior equilíbrio da temperatura do solo.
Sem erosão, não há necessidade de replantio e gastos com sementes, adubos e fertilizantes. Tudo isso diminui os custos de produção, sem falar que se utiliza um número menor de maquinário.
Isso significa menor emissão de gases causadores do efeito estufa e uso de combustíveis fósseis.
Vantagens para o produtor
O plantio direto oferece mais flexibilidade ao agricultor. Isso porque não é preciso esperar meses para um novo cultivo, como no método convencional. Ao fazer a colheita do milho, já é possível iniciar a produção de soja, por exemplo, logo em seguida.
Um estudo da Embrapa revelou que o plantio direto aumenta a produtividade em 30%. O produtor também se beneficia com a redução de mão e de obra e desgaste das máquinas agrícolas. Conheça outras vantagens que o sistema de plantio direto pode proporcionar a sua lavoura.