Saiba como o manejo adequado de pesticidas pode diminuir os riscos de acidentes e contaminação e se existe algum tema que está aquecendo os debates Brasil afora, tanto na sociedade civil quanto nos Três Poderes: é o uso e manejo dos agrotóxicos.
Presente em várias etapas da produção, esses insumos agrícolas são de extrema importância para as safras brasileiras, dentro da lógica comercial contemporânea podem se dizer indispensáveis.
Dessa forma, tendo em vista que a abolição do agrotóxico é inviável para a produção atual, existe alguma maneira de lidar com os seus efeitos colaterais?
Existe sim, e é justamente sobre isso que o artigo de hoje irá falar. Sendo assim, fique conosco e descubra como o manejo adequado de pesticidas pode diminuir os riscos de acidentes e contaminação. Acompanhe!
Como diminuir a contaminação e acidentes na aplicação de pesticidas?
O uso de pesticidas é algo corriqueiro no campo, porém algumas medidas podem diminuir o impacto desses insumos químicos, tanto para a saúde do trabalhador, quanto para o meio ambiente. Eis alguns exemplos:
1. Manejos integrados
Existem, pelo menos, dois tipos de manejos, desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que são extremamente eficazes para avaliar se uma cultura realmente necessita de uma aplicação de pesticida.
O primeiro é o Manejo Integrado de Pragas (MIP), que requer apenas um tecido de um metro de comprimento.
Esse tecido é esticado em frente a uma linha de um metro da cultura examinada e serve como uma espécie de rede que, depois de chacoalhada a plantação, capta insetos que porventura nela parasitem.
Para cada praga há uma quantidade tolerável que determina a necessidade da aplicação de um pesticida. Abaixo dessa quantidade, não é necessária a aplicação.
O segundo é o Manejo integrado de doenças (MID), que é usado para a captação de fungos e outros micro-organismos. Consiste basicamente em um tubo aberto com uma lamina de microscopia inserida em seu interior.
Como os esporos dos fungos são leves, eles são disseminados pelo vento. Sendo assim, ao passarem por dentro desse tubo e ficarem presos na lâmina, são encaminhados a um laboratório para averiguar se o micro-organismo preso naquela lamina é ou não patológico.
Isso promove a necessidade ou não necessidade de uma aplicação de defensivos.
2. Sistemas de conservação do solo
Os sistemas de conservação dos solos nada mais são do que barreiras construídas de modo que a os resquícios dos agentes químicos não alcancem as águas e mananciais.
Essas barreiras podem ser as mais diversas possíveis, indo desde terraços até curvas de nível. O importante é que a água da chuva, carregando os remanescentes químicos, fique represada e, aos poucos, se infiltre no solo.
Como existem agentes filtradores no solo, essa água pode até chegar aos rios ou aos lençóis freáticos, contudo é provável que esteja até mais limpa do que essas próprias fontes.
3. Normas gerais de segurança
Existe toda uma legislação abrangente sobre o uso e armazenamentos de produtos químicos. Essas normas são bem enfáticas ao determinar a minimização da exposição do trabalhador aos pesticidas, por meio de roupas que cubram todas as partes do seu corpo e manejos inteligentes.
Entre as principais recomendações, podemos exemplificar as seguintes:
• Utilização de todos os EPIs (equipamento de proteção individual);
• Leitura do rótulo;
• Verificar calibragem apenas com água;
• Aplicar nas horas mais frescas do dia;
• Não aplicar pesticidas na presença de ventos;
• Prestar atenção ao destino das embalagens após o uso.
Entendeu como o manejo adequado de pesticidas pode diminuir os riscos de acidentes e contaminação?
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