Hoje vamos falar sobre a produção de alevinos, uma das fases de piscicultura, assim como a recria e a engorda.
Essa fase é importante, pois é nela que os alevinos são cultivados desde a saída da incubadora até a comercialização.
No site MF Rural você pode encontrar diversas espécies de alevinos para começar a sua própria produção de peixes, além de cursos online de piscicultura, um ótimo investimento para quem está começando ou quer aperfeiçoar suas técnicas de produção.
Antes de continuar, é bom ter em mente que sempre é necessário ter cuidado com a água, com verificação frequente das condições ideais para o desenvolvimento e manutenção de cada espécie.
O que são alevinos?
Caso você não saiba o que são alevinos, vamos explicar o básico neste tópico, mas caso já saiba, pode seguir em frente para ter mais informações sobre como funciona a produção de alevinos.
Os alevinos são os “filhotes de peixe”. Eles ganham essa denominação quando a larva absorve o saco vitelínico no qual está envolvida, passando assim para a fase pós-larva. Os peixes na fase de alevino têm aparência similar à da espécie adulta, porém são menores e mais leves.
Como funciona a produção de alevinos?
A produção de alevinos começa já na escolha das matrizes e dos reprodutores. O ideal é que esses peixes sejam de pisciculturas diferentes, para evitar cruzamento consanguíneo, e que elas participem ou desenvolvam trabalhos com foco em genética.
O enfoque da produção de alevinos é o desenvolvimento dos peixes, com atenção para uma alimentação adequada e cuidados com os viveiros ou tanques, para que os peixes cresçam e ganhem peso para serem comercializados.
O tempo de crescimento dos alevinos varia de acordo com cada espécie, sendo em média de 20 a 45 dias para espécies nativas do país, por exemplo. Com esse período eles chegam a até 3 cm de comprimento, sendo o tamanho médio para serem comercializados.
Um detalhe importante é que peixes maiores costumam ter valor de mercado alto, porém quanto maior for a espécie do peixe, maior será o gasto para sua produção.
A importância dos viveiros
Durante toda a produção é preciso ter atenção com os viveiros (também chamados de tanques ou berçários). Esse cuidado é importante porque é nesses locais que serão armazenados os peixes em cada fase.
Cada espécie de peixe deve ter viveiro próprio por causa da temperatura e qualidade da água, da alimentação, e do manejo reprodutivo, afinal a melhor época para reprodução também varia por espécie.
Além disso, em uma piscicultura, cada viveiro tem um objetivo, sendo no mínimo estes:
• Estocagem de reprodutores previamente selecionados.
• Larvicultura e alevinagem.
• Treinamento alimentar para espécies carnívoras.
É necessário ter em mente que os viveiros serão as casas dos peixes durante o processo e, principalmente, que o desenvolvimento de larvas e alevinos está ligado ao ambiente no qual vivem.
Para que esses ambientes tenham oxigênio e sejam capazes de suportar vida, é feita a adubação. Assim, é possível que organismos vegetais (fitoplâncton) e animais (zooplâncton) se desenvolvam no viveiro, contribuindo como fontes de alimento, produção de oxigênio e impermeabilização.
Por causa dos fitoplânctons e zooplânctons, é importante que o viveiro seja limpo e a água esteja sempre em boas condições para a manutenção da vida tanto dos peixes, quando desses organismos.
Principais cuidados com alimentação
A alimentação dos alevinos é uma das maiores preocupações dos piscicultores, mas ela varia de acordo com cada espécie de peixe e suas necessidades.
A maioria das espécies são onívoras e podem se alimentar dos nutrientes presentes no viveiro. Ainda assim, é necessário o uso de rações específicas para cada espécie, que você pode encontrar no site MF Rural.
Vale lembrar que durante a produção de alevinos, é bom verificar como eles estão se desenvolvendo. Isso é possível por meio da pesagem e medição dos peixes, como vamos explicar no próximo tópico.
Algumas espécies têm taxa de reprodução elevadas e justamente para o viveiro não ficar superpovoado é preciso checar a quantidade de fêmeas e machos. Para evitar essa situação, é bom que haja mais machos do que fêmeas no viveiro.
Esse cuidado é importante na redução de mortalidade dos peixes por falta de comida, oxigenação e até canibalismo em algumas espécies.
Comercialização de alevinos
Como dito anteriormente, a comercialização dos alevinos poderá ser feita assim que atingirem o também e peso adequado.
Para saber quando eles estão prontos para serem comercializados, é importante fazer pesagem e medição com frequência. Esse procedimento também é necessário para verificar se os alevinos estão se desenvolvendo de maneira uniforme.
O cálculo do peso médio é feito usando quatro pesagens. Para cada uma, é preciso uma balança de boa precisão, na qual será colocada um recipiente com água. O ideal é pesar 10 alevinos por vez.
Ao fim das quatro pesagens, você soma os resultados e divide pela quantidade de peixes utilizados.
Enquanto a pesagem é feita em unidades, a medição deve ser feita de forma individual, utilizando uma régua ou paquímetro.
Depois de classificar os alevinos para comercialização, é hora de padronizá-los e separá-los pelo tamanho em diferentes viveiros.
É importante que a padronização seja feita cerca de uma semana antes da comercialização, para diminuir o estresse e, por consequência, a mortalidade durante o transporte.
Após esses procedimentos vem a depuração dos alevinos, na qual eles são transferidos para pequenos tanques, a fim de reduzir o metabolismo deles para o transporte, tendo assim uma diminuição no estresse, no consumo de oxigênio e na produção de amônia.
Entre 24h e 48h depois de ficarem nesses tanques, os alevinos estão prontos para serem embalados e comercializados.
E aí, está pronto para começar a sua piscicultura? Pesquise mais sobre peixes no site MF Rural.