O inhame é um tubérculo muito consumido pelos brasileiros. É considerado um alimento energético, apresentando um valor nutritivo muito elevado. Por isso, seu consumo é frequentemente indicado por nutricionistas, além de fazer parte da dieta de diversos atletas.
Essa raiz, que em alguns lugares também é conhecida como cará, é popular na culinária no Norte e Nordeste do Brasil. Nessas regiões, muitas pessoas têm o hábito de consumi-la no café da manhã.
Ademais, são inúmeros os benefícios proporcionados pelo consumo do inhame. Quer conhecê-los? Então acompanhe este artigo que o MF Magazine preparou para você!
Conheça o inhame
Pertencente à família Dioscoreacea e cultivado desde a antiguidade (50.000 a.C.) na África e na Ásia, o inhame é um alimento básico em muitas outras regiões como, por exemplo, na América do Sul, nas ilhas do Pacífico e nas Índias Ocidentais.
Existem mais de 600 espécies de inhame, mas apenas algumas são consideradas comestíveis, como a Dioscorea cayennensis, D. rotundata, D. alata, D. altissima e D. trifida. As demais são usadas para fins medicinais.
As variedades de inhame cultivadas apresentam ótimo desenvolvimento vegetativo e produção de tubérculos em temperaturas médias que variam de 24 a 30 ºC, e umidade relativa de 60 a 70%.
Ademais, não tolera geadas e apresenta produtividade média de 12 a 19 toneladas por hectare, dependendo da região de cultivo. É propagado vegetativamente por meio dos tubérculos, chamados “túberas-semente”.
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Benefícios do consumo de inhame
Conforme citamos acima, esse tubérculo traz uma série de benefícios ao nosso organismo, melhorando o funcionamento do sistema imunológico e a qualidade do sangue. Confira a seguir:
Inhame diminui o colesterol ruim e reduz as chances de doenças cardíacas
A presença da diosgenina nos fitormônios (hormônio vegetal) do inhame, estimula o intestino a eliminar o colesterol ruim (LDL). Dessa forma, essa substância diminui as chances do colesterol entrar na corrente sanguínea e causar o entupimento das artérias e dos vasos sanguíneos.
Ao diminuir o colesterol ruim, o inhame contribui no combate às doenças relacionadas ao coração, tendo em vista que o LDL é um dos grandes vilões das patologias cardiovasculares. Além disso, as fibras presentes no inhame também elevam os níveis do colesterol bom (HDL), diminuindo riscos das doenças cardíacas.
Outra vantagem consiste na presença das vitaminas B6 e B9. Juntas, elas auxiliam no controle de homocisteína – um tipo de aminoácido capaz de proporcionar o aumento do colesterol ruim.
Benefícios para o sangue
Essa raiz é uma excelente fonte de ferro e de vitaminas do complexo B. Assim, em sua composição está presente as vitaminas B1, B6 e B9, a riboflavina, o ácido fólico, a niacina e a vitamina C.
A vitamina B6 estimula a produção de ácido fólico e hemoglobina, que auxilia no processo de manutenção do sangue. O inhame também é uma excelente fonte de antioxidantes. Falando nisso, aproveite para ver nosso post sobre o mirtilo – a fruta com maior teor de antioxidantes.
Além disso, o tubérculo contém ferro, cálcio, cobre, fósforo, magnésio e potássio.
Combate as cãibras e auxilia os atletas
Esse tubérculo ajuda na redução da incidência das cãibras (contraturas musculares involuntárias, que ocorrem de forma súbita). Ele possui altos níveis de minerais como o magnésio, o cálcio e o potássio, que trabalham no processo de contração e relaxamento muscular.
O consumo do inhame é muito indicado à atletas devido ao alto volume de vitaminas e minerais presentes em sua composição. Assim, as vitaminas C, B6 e A influenciam o sistema imunológico de maneira positiva, evitando o comprometimento da imunidade devido à prática de atividades de alto desempenho.
Devido ao baixo índice glicêmico, o inhame é aliado na eliminação daqueles “quilinhos indesejados”, desde que seu consumo ocorra de maneira equilibrada com o gasto calórico do indivíduo.
Por ser um carboidrato, a raiz funciona como uma fonte de energia. Além disso, seu teor elevado de fibra proporciona maior sensação de saciedade, ajudando a diminuir a quantidade de refeições.
Restrições alimentares
O inhame é indicado por diversos nutricionistas em casos de patologias que demandam restrições alimentares. É o caso, por exemplo, dos portadores de APVL (Alergia à Proteína do Leite de Vaca) e de doença celíaca (reação exagerada do sistema imunológico ao glúten), que poderão incluir esse tubérculo em suas dietas.
Atualmente, o inhame vem sendo utilizado na fabricação de novos alimentos que se destinam a atender essa parcela da população. Entre eles estão: a farinha, o iogurte e o pão.
Todavia, seu consumo deve ser acompanhado por especialistas em caso de doenças como câncer, síndromes intestinais e transtornos renais.
Ajuda a prevenir o Alzheimer e câncer
Ao elevar o nível de um hormônio chamado DHEA (dehidroepiandrosterona), o inhame ajuda a prevenir o mal de Alzheimer. A prevenção é possível porque essa patologia está diretamente relacionada à diminuição desse hormônio, que tende a entrar em queda ao passar dos anos.
Aliás, por causa da alta concentração de vitaminas do complexo B, o consumo do inhame estimula a memória.
Isso sem falar que essas vitaminas controlam o processo de transmissão dos impulsos nervosos, diminuindo o estresse. Como estimula a produção cerebral de serotonina, causa uma sensação de bem-estar e beneficia na redução dos sintomas da depressão.
O inhame contém vitamina C e betacaroteno (ambos agentes antioxidantes) e, dessa maneira, ajuda no combate ao câncer. Essas substâncias trabalham no fortalecimento do sistema imunológico, impedindo as ações negativas dos radicais livres, que estimulam a produção de células cancerígenas.
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Auxilia o organismo feminino e masculino
Devido a presença da diosgenina, que tem estrutura similar ao estrogênio, o inhame é indicado para a saúde feminina. Ele reduz os sintomas provocados pela TPM e pela menopausa, além de estar em estudo a sua contribuição para o aumento da fertilidade.
Além disso, o alto nível de magnésio presente no inhame proporciona o relaxamento da musculatura, diminuindo a cólica menstrual.
No caso do organismo masculino, também traz benefícios. Aumenta a produção de testosterona, hormônio essencial na formação dos tecidos reprodutores. Ao melhorar o fluxo de sangue no corpo, também inclui a região reprodutiva, garantindo o melhor desempenho sexual e uma boa produção de espermatozoides.
Ademais, por apresentar propriedades antioxidantes, o inhame é capaz de prevenir o envelhecimento precoce. Por esse motivo, o consumo dessa raiz é indicado às pessoas de todas as idades.
Auxilia o sistema imunológico
Pesquisas recentes indicam que o inhame contém uma proteína muito eficiente que estimula o bom funcionamento do sistema imunológico, ao fortificar os gânglios linfáticos.
Doenças virais, como malária e febre amarela, podem ser evitadas com o consumo do inhame, já que ele ajuda a impedir a contaminação do sangue. Mas, logicamente as pessoas não devem deixar de tomar as vacinas contra essas doenças.
No vídeo abaixo, veja uma receita de inhame para aumentar a sua imunidade:
Conclusão
Portanto, conforme mostramos neste post, o inhame é uma raiz que, ao ser consumida, se torna um poderoso alimento em prol do nosso organismo. Que tal incluir nas suas próximas receitas de refogados, sopas, caldos, e até em tortas e bolos?
Lembrando ainda que pode ser consumido cozido, assado ou em forma de “chips”. Ademais, as formas mais simples são as mais indicadas para preservar mais nutrientes.
Agora que você sabe os benefícios do inhame, que tal conhecer outro alimento que é um importante aliado para o nosso organismo? Acesse nosso post onde abordamos tudo sobre o gengibre, seus benefícios e como plantar. Boa leitura!