Salsinha: confira os benefícios e como plantar

Salsinha: confira os benefícios e como plantar

O que acha de incluir a salsinha na sua horta caseira? Essa pequena erva, com sabor diferenciado, tem a capacidade de proporcionar um toque especial a diversos pratos.

Ela é fácil de ser cultivada, pois não requer muitos cuidados e nem necessidade de um grande espaço para se desenvolver. Portanto, pode ser cultivada em vasos, colocados na varanda de apartamentos ou em um cantinho da cozinha de sua casa.

De uso diário na culinária, a maneira mais tradicional de usar a salsinha é colocando-a nas receitas do cotidiano, desde as mais básicas (como o arroz com feijão) até aquelas receitas mais elaboradas, como um risoto. A salsinha pode ir bem com tudo e dá um sabor especial!

Confira este artigo até o final e conheça os os benefícios e como plantar salsinha. Boa leitura!

Benefícios da salsinha

A salsinha (Petroselinum crispum), também conhecida como salsa-comum, salsa-de-comer ou salsa-hortense, é uma erva que tem origem na Europa, sendo cultivada desde a antiguidade.

Quem vê essa hortaliça, tão simples e fácil de cultivar, nem imagina que se trata de um alimento rico em nutrientes como ferro, potássio, vitaminas A, B1, B2, C e D, além de ácido fólico e antioxidantes. Portanto, a salsinha, além de dar um sabor especial em diferentes pratos, ainda traz benefícios à nossa saúde.

Chá de salsinha
A salsinha traz uma série de benefícios ao nosso organismo. Uma sugestão é fazer um chá com essa erva.

Entre os seus principais benefícios, estão o uso no tratamento de infecções urinárias, pedras nos rins, hipertensão, prisão de ventre, retenção de líquidos, além de ajudar na digestão através do óleo volátil que possui nas sementes, e também combater o envelhecimento precoce, diminuindo os radicais livres.

Além disso, a salsinha é aliada da saúde porque atua na prevenção de gripes, resfriados, anemia, problemas cardíacos e ajuda a proteger e fortalecer o sistema imunológico.

Você sabia que a salsinha seria tão útil? Pois é! Aliás, a melhor forma de extrair esses benefícios é fazer um chá dessa erva. No entanto, fica uma recomendação importante: as gestantes devem evitar a ingestão de suplementos ou fitoterápicos que contenham o óleo de salsa, pois pode resultar em contrações uterinas e até mesmo em aborto espontâneo.

Portanto, é preciso consultar antes um médico ou nutricionista. Mas, o consumo da salsinha na alimentação, em quantidades pequenas, não interfere na gravidez.

Leia também: Temperos em vasos: veja como plantar e cultivar.

Salsinha na cozinha

A exemplo do tradicional “arroz e feijão” dos brasileiros, a salsinha forma com a cebolinha o famoso “cheiro-verde”, um dos temperos mais usados no dia a dia. Ele é muito versátil na culinária e usado visando temperar praticamente qualquer tipo de prato.

Experimente em molhos, risotos, carnes, peixes, omeletes, saladas e sopas. Todos esses pratos ganham um sabor especial com essa erva. Isso sem falar no preparo de sanduíches e canapés, com manteiga ou maionese.

Salsinha utilizada na culinária
A salsinha é muito versátil na cozinha. É um tempero que “cai bem” em inúmeros pratos.

Confira algumas dicas de como ter mais benefícios da salsinha na cozinha:

  • Acrescente a salsinha ao final do preparo dos pratos, assim evitará que ela se desmanche e deixa a receita mais bonita;
  • Além do corte tradicional, usando uma faca e tábua, que tal experimentar uma tesoura? Corta mais rapidamente, como se fosse cortar um papel;
  • Após comprar no supermercado ou colher na sua casa, a salsinha pode ser conservada em geladeira por até uma semana. Detalhe: desde que lavada e bem seca, guardada em um pote fechado;
  • Para durar bem mais, a salsinha pode ser congelada. Antes, lave, seque bem e coloque-a em um pote com tampa ou em um saquinho plástico próprio usado em congelamento de alimentos. Ela pode durar até quatro meses e ser usada aos poucos, congelada mesmo.

Como plantar salsinha?

Agora que você conhece os benefícios da salsinha, vamos destacar a segunda parte do nosso artigo: como plantar e ter um cultivo de sucesso.

Além de hortas pequenas ou opção à agricultura familiar, a salsinha pode ser cultivada em vasos e jardineiras, o que faz dela uma alternativa interessante à quem dispõe de pouco espaço em casa ou mora em apartamento.

Dica: dê preferência aos vasos ou jardineiras de tamanho grande, com o fim de não limitar o crescimento da planta, cuja raiz pode alcançar mais de 50 centímetros de profundidade.

No vídeo, confira todos os detalhes de como fazer o plantio da salsinha em vasos:

Fonte: Somos Verdes.

Confira também: Hortelã: como plantar em casa e os benefícios à saúde.

Agora, vamos aos principais procedimentos:

Solo ideal ao plantio

A salsinha é uma planta que se adapta com facilidade a diferentes tipos de solo, principalmente aqueles areno-argilosos, drenados e ricos em matéria orgânica.

Uma dica importante é misturar terra comum com substrato orgânico (húmus de minhoca, por exemplo) antes do plantio. No caso do cultivo em vasos, faça um bom sistema de drenagem no fundo do recipiente com o fim de evitar acúmulo de água.

Se você pretende fazer o plantio visando uma escala comercial, é importante realizar uma análise de solo porque, assim, terá um laudo técnico sobre possíveis deficiências. Ademais, o solo ideal para produção da salsa é com pH entre 6 e 6,5.

Como fazer o plantio da salsinha

A salsinha pode ser plantada por intermédio de sementes (vendidas até em supermercados) ou de mudas, que você encontra em lojas de jardinagem.

Se optar pelo plantio através de sementes, a dica é deixá-las de molho na água por 24 horas. Isso vai proporcionar uma germinação mais acelerada. Depois, é hora de colocá-las no solo.

Nesse sentido, é preciso obedecer um espaçamento de 15 a 20 centímetros entre os sulcos, com 1,5 centímetro de profundidade, e 3 a 5 centímetros entre plantas. Depois é só cobrir com terra, mas verifique se não tem torrões, porque podem dificultar a germinação, que demora de duas a seis semanas.

Solo ideal para plantio de salsinha
O solo visando plantio da salsinha deve ser rico em matéria orgânica, com plantio em canteiros.

Entretanto, se a sua intenção é ter um vaso de salsinha para consumo próprio, o mais indicado é realizar o plantio de mudas, que obterá um resultado mais rápido.

Essa hortaliça gosta de muito sol e tem um bom crescimento principalmente em regiões de clima temperado, com temperatura na faixa entre 10 ºC e 24 ºC. Porém, em regiões mais quentes, cuidado com o sol em excesso.

Veja também: Mudas de plantas: 26 dicas para escolher bem.

Cuidados durante o cultivo

Durante o cultivo, é importante atentar-se à irrigação, que deve manter o solo úmido, mas não encharcado.

Importante também cuidar da eliminação de plantas invasoras e ficar atento à doenças fúngicas (como queima-das-folhas) e pragas: como lagartas, vaquinhas, pulgões e principalmente cochonilhas.

Mulher borrifando hortaliças em um vaso
Embora de cultivo fácil, em canteiros ou em jardineiras, a salsinha precisa de cuidados, como por exemplo na quantidade de água.

Colheita da salsinha

Seguindo todas as recomendações que citamos acima, chega o momento tão esperado: a colheita da salsinha. Normalmente, ela estará pronta entre 60 a 90 dias após o plantio das sementes, quando deverá atingir no mínimo, de 12 a 16 centímetros de altura.

Se a produção for numa escala comercial, a colheita da salsinha é realizada arrancando a planta inteira.

Agora, se o plantio é doméstico para consumo pessoal, o indicado é colher, no máximo, um terço das folhas de cada planta, dando preferência às mais velhas e desenvolvidas. Assim, estará facilitando a rebrota, permitindo novas colheitas.

Essa planta dura geralmente dois anos. Ao final desse período, ela começa a produzir flores que, na sequência, se transformam em novas sementes. Elas, por sua vez, poderão ser usadas em novos plantios.

E então, gostou do artigo? Aproveite e acesse também nosso post que dá dicas de como plantar cebolinha. Boa leitura!

Post Relacionado

Cuidados com a leprose dos citros

Cuidados com a leprose dos citros

A leprose dos citros é uma das doenças mais prejudiciais para os citricultores brasileiros.  Provocada pelo vírus CiLV-C, transmitido principalmente…