Que a atividade rural pode ser extremamente lucrativa e bem-sucedida, não resta absolutamente nenhuma dúvida, e os números estão aí para comprovar isso.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNA), em 2020, o agronegócio no Brasil respondeu por 26% do PIB nacional, o que corresponde a R$ 7,45 trilhões.
Um número extraordinário, e que levanta uma pergunta: diante de tantas oportunidades, será que os gestores rurais de nosso país estão preparados e aproveitando da melhor forma a força do agro?
Bem, frente às estatísticas, o que dá para concluir em um primeiro momento é que muitos gestores já estão surfando nas ondas calmas do sucesso, baseando seus movimentos em qualificação profissional, planejamento estratégico, uso de tecnologia e gerenciamento e coleta de dados.
Quando bem desenvolvidos e trabalhados de forma harmônica, esses elementos trazem um retorno extraordinário ao empreendedor.
Por outro lado, também é preciso dizer que muitos gestores não seguem uma planificação estruturada, e mesmo assim conseguem ter retorno financeiro.
A pergunta é: por que abrir mão de ter muito mais sucesso se basta seguir alguns passos para se chegar ao topo?
Na gestão de propriedades, Invista em recursos humanos
Fortemente presente (e tão comum) em outros segmentos, como indústria e comércio, o investimento em recursos humanos nas fazendas é praticamente inexistente. E isso pode acarretar problemas, pois a qualificação profissional é fundamental.
Esse é um dos principais pontos de atenção que os gestores rurais precisam ter em mente, afinal, lidar com maquinários, insumos, tecnologia, pessoas e uma boa área agrícola exige conhecimento e capacitação.
Outro ponto supersensível está ligado ao planejamento. Antes de executar e colocar a “mão na massa” lembre-se que o passo básico é planejar.
Quando falamos de pecuária, por exemplo, é preciso entender quais tecnologias podem proporcionar melhores resultados, e como usá-las adequadamente, aumentando lucros e diminuindo gastos desnecessários.
Além disso, levantar equipamentos, área total disponível, divisões e manejos dos pastos, tamanho do rebanho, categorias e investimentos são passos essenciais.
E não se esqueça da coleta dos dados zootécnicos. Com essas informações em mãos, os indicadores de desempenho podem ser definidos, observados, examinados e redimensionados.
Se você trabalha com gado de corte é nessa fase que também é preciso definir quais os tipos de tecnologia, genética e reprodução serão utilizadas. E sempre olhando para o mercado consumidor.
Gestor, você sabe a importância do melhoramento genético na pecuária?
Pouco adianta um pecuarista aprimorar suas técnicas de manejo de pastagem, se os seus animais não tiverem potencial para responder a essa melhora.
Por isso, o melhoramento genético tem o objetivo de fazer com que os animais de um rebanho tenham, cada vez mais, características positivas de produção.
Isso é feito com técnicas que vão interferir no processo de reprodução, para que, nas gerações seguintes de animais, a herança de características positivas seja maior que a de negativas.
Uso de tecnologia na gestão de propriedades
O uso de tecnologia é fator essencial para o sucesso de qualquer atividade econômica, e na pecuária isso não é exceção.
Utilizar recursos digitais como softwares de gestão, garante o controle de tudo o que acontece com os animais, como: cadastro, ficha completa de cada um deles, crescimento, data de vacinação, e desempenho individual entre muitas outras informações.
Decisões embasadas em dados
Um bom gestor rural precisa tomar decisões a todo o momento, isso é fato! Mas, para que essas resoluções sejam positivas é preciso que estejam embasam em dados confiáveis.
Por isso, é tão importante coletar, com a ajuda da tecnologia, as dezenas de dados que todos os dias são geradas em uma fazenda.
Contudo, também cabe ressaltar que tão importante quanto executar essa coleta é entender o que esses dados representam, resumindo, saber o melhor uso deles. Assim, implementar melhorias fica muito mais fácil.