Pragas do milho: confira as principais e como atacam

Pragas do milho: confira as principais e como atacam

Combater as pragas do milho é uma tarefa importante com o propósito de garantir o sucesso dessa lavoura. Isso porque trata-se de um dos produtos agrícolas mais importantes à nossa economia. É usado tanto na alimentação humana e dos animais, inclusive usado na fabricação de rações.

Por causa das condições climáticas favoráveis no país e em razão da sua alta rentabilidade, esse é um produto que tem chamado bastante atenção.

Não é à toa que o Brasil é um dos maiores produtores mundiais de milho. Fica atrás apenas dos Estados Unidos e China, sendo que, internamente, perde apenas para a soja.

Então, quem já faz o plantio do milho ou está pensando em investir nessa atividade e tem buscado informações a respeito, aproveite e confira o post que preparamos sobre as principais pragas do milho, como elas ocorrem maneiras de combatê-las.

Agricultor analisando espiga de milho numa lavoura
Com objetivo de ter sucesso na atividade, o produtor deve ficar atento às pragas que atacam as lavouras de milho.

Isso porque, se não forem feitos corretamente os tratos culturais na lavoura, a expectativa de uma boa safra poderá ser frustrada com a ação dessas pragas. Boa leitura!

Quais são as principais pragas do milho?

Você já deve ter entrado numa lavoura de milho e notado que algo não ia bem. É possível identificar pela folhagem ou, até mesmo, por causa do aspecto dos arbustos. Isso sem falar nas próprias espigas de milho, atacadas principalmente por lagartas.

Dessa maneira, reconhecer as pragas e os seus causadores é essencial para não correr o risco de perder a sua safra. Confira as principais pragas do milho:

Larva alfinete

A larva alfinete é uma das pragas do milho mais frequentes em plantações. O seu maior índice de ataques é no nível do solo da planta, causando o que muitos chamam de “pescoço de ganso”, por causa do seu aspecto caído.

Larva alfinete uma das pragas do milho
A larva do alfinete é uma das pragas mais comuns nas lavouras de milho. Ela se alimenta das raízes e interfere na absorção de nutrientes e água, bem como reduz a sustentação das plantas.

Quando elas se encontram na fase adulta, gostam de se alimentar de outras culturas, como é o caso da soja. Porém, na hora de colocar os seus ovos, preferem os milharais.

A melhor maneira de evitar esse tipo de praga é eliminar restos culturais e fazendo uso de defensivos agrícolas, sejam eles granulados ou pulverizados no sulco de plantio.

Lagarta do cartucho

Assim como a lagarta alfinete, a do cartucho é conhecida como uma das principais pragas do milho. Ela é capaz de causar grandes perdas na plantação.

Uma de suas diferenças em relação à anterior é que o ataque da lagarta do cartucho ocorre por via aérea. Ela penetra no colmo, um tipo de caule comum nas gramíneas, como cana-de-açúcar, arroz e milho.

Como é responsável por suportar as folhas e partes florais, bem como por ser o órgão de reserva de sacarose fornecedor de carboidratos à planta, o ataque dessa praga causa sérios prejuízos à lavoura.

Ação das lagartas do cartucho numa folha de milho
As lagartas do cartucho perfuram a base da planta, causando o sintoma de “coração morto”. É uma das principais pragas do milho.

Ao realizar o ataque, a lagarta cria galerias e provoca o que é chamado de “coração morto”. Impede o crescimento da planta e podendo até causar a sua morte.

Embora o controle químico, com o uso de defensivos agrícolas, seja uma prática usual para o combate desse tipo de praga, há ainda a possibilidade de utilizar o controle biológico.

O dermápteros, ou tesourinhas, como são popularmente conhecidos, são insetos predadores. Eles têm pinças ou fórceps e que se destacam na alta voracidade de ataque sobre vários insetos e pragas. São considerados ótimos agentes de controle biológico.

Pulgão

O pulgão é um tipo de inseto que pode ser facilmente reconhecido por causa de sua grande quantidade na planta e também em decorrência de sua coloração verde-azulada ou preta.

Eles vivem em colônias nos pendões, nas folhas, nas espigas ou no interior do cartucho. Aliás, o seu desenvolvimento é facilitado em locais e períodos de baixa umidade, ventos com baixa velocidade e temperatura em torno de 20 graus.

Pulgão atacando lavoura de milho
O pulgão é um inseto sugador e se alimenta das partes novas da planta, permanecendo geralmente dentro do cartucho, o que dificulta sua visualização e controle. É uma das pragas importantes e que precisam ser controladas.

A sua alimentação é à base de seiva das plantas e esses insetos são capazes de esgotar as reservas hídricas e nutricionais, causando deformações nas folhas.

O seu controle pode ser feito de maneira natural, tendo em vista que essa é uma espécie bastante sensível a desequilíbrios biológicos e conta com um grande número de inimigos naturais, como o tesourinha e as joaninhas.

Se a infestação estiver muito alta, o controle químico é recomendado. Mas, sempre levando em consideração o intervalo de carência e a dosimetria correta do veneno.

Coró das pastagens

É um tipo de praga com maior incidência nas raízes das plantas e ocorre principalmente no sul do Brasil. O ciclo do coró das pastagens é anual, sendo que cada etapa pode ser encontrada em uma determinada época do ano.

Figuras mostram a larva coró das pastagens
No milho, os danos causados pela larva coró das pastagens ocorrem no consumo de raízes, acarretando redução na capacidade das plantas de absorver água e nutrientes. Fotos: Paulo Pereira/Embrapa.

Os adultos, por exemplo, têm incidência maior nos primeiros meses do ano, junto aos ovos, e as larvas acontecem até novembro e alimentam-se inicialmente dos materiais que formaram o ninho.

Assim que esses alimentos acabam, essa praga busca sementes, raízes e folhas. As consequências do seu ataque à cultura do milho são a redução na germinação, as falhas nas linhas de plantio, a morte de plantas e a diminuição na produção.

Veja também: Conheça as principais pragas do tomateiro.

Como combater as pragas do milho?

Há diversas pragas do milho que podem atacar as plantações de diferentes formas. No entanto, é completamente possível manter uma atuação de prevenção, que, como sempre, é melhor do que tratar as consequências posteriormente. Isso porque, como já citamos corre o risco de perder toda uma safra.

Outro detalhe importante é que não adianta tratar todas as culturas, contra pragas e doenças, da mesma maneira, uma vez que cada uma delas apresenta particularidades, inclusive, a região em que está sendo plantada.

Uma das práticas indicadas atualmente é o manejo integrado de pragas (MIP) que tem por fim manter essas pragas abaixo do nível de dano econômico, controlando a sua densidade populacional por meio de um conjunto de práticas integradas. As ferramentas de controle são:

  • Produtos químicos;
  • Agente biológicos, como o tesourinha que citamos;
  • Variedades de plantas que são resistentes a pragas;
  • Feromônios;
  • Rotação de culturas;
  • Tratamento de sementes;
  • Monitoramento de pragas, entre outras.

Essa maneira de proteger as plantações é importante porque, além de economicamente viável, também tem o foco na preservação do meio ambiente, evitando a contaminação e o esgotamento do solo.

Aplicação de inseticida em lavoura de milho para conter pragas
O produtor de milho deve ficar atento: de nada adianta apenas pulverizar agrotóxicos de maneira indiscriminada para combater as pragas do milho, sem conhecer as reais necessidades da cultura.

Os defensivos agrícolas, por exemplo, não precisam ser vistos como vilões, mas, como diz a sabedoria popular, “a diferença entre o remédio e o veneno está na dose”.

Portanto, é fundamental manter-se informado a respeito das melhores práticas, conhecer detalhes sobre as pragas do milho, suas causas, as ocorrências e maneiras mais eficazes de combate.

Controle cultural das pragas do milho

Antes de iniciar qualquer plantio, é muito importante realizar o controle cultural. O objetivo é eliminar hospedeiros indesejados e contribuir na redução da propagação de pragas. Ou seja, a preparação adequada do solo, com uma boa aração e drenagem, é uma atividade fundamental visando o sucesso da cultura do milho.

O mesmo vale para a utilização da tecnologia, que tem ajudado muito os produtores a monitorar e entender melhor o ciclo do plantio, as doenças causadas, a utilização de defensivos agrícolas, bem como a correta realização do manejo integrado de pragas.

Todavia, além de aplicação de defensivos agrícolas e manejo integrado de pragas, outra dica é o controle de pragas no milho com uso de inimigos naturais. Confira no vídeo:

Fonte: Rio Grande Rural.

Portanto, mesmo que em um primeiro momento as pragas do milho possam assustar, é importante ter em mente todos os avanços que o setor vem conquistando ao longo dos anos.

Além disso, lembrar de que se trata de uma das culturas importantes ao Brasil. Quando realizados todos os tratos culturais necessários, apresentam alta rentabilidade.

E então, gostou do conteúdo? Aproveite para ler também nosso post que fala sobre as doenças que ocorrem na safrinha do milho.

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