A soja chegou em nosso país juntamente com imigrantes oriundos do Japão, no início do século XX. Como o Brasil tinha seu foco na produção cafeeira, a soja só ganhou destaque a partir da década de 1970 para a produção de óleo e com a mecanização do meio rural.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) é a grande responsável por adaptar a soja para o clima do cerrado. O trabalho deu certo — hoje, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial da produção de soja. Só na safra de 2018/19, o país produziu 114.843 milhões de toneladas.
São muitos produtores de soja por aqui, principalmente na região centro-oeste. Para manter a qualidade da produção em suas fazendas e evitar prejuízos, é necessário que os produtores planejem e calculem a produtividade antes da colheita.
Quer saber como aumentar a produtividade da soja por hectare? Então, veja algumas dicas que apresentaremos para você. Boa leitura!
Faça o preparo correto do solo
O solo é o que mais influencia na produtividade por hectare, por isso, deve ser preparado adequadamente. Ter um solo fértil e uma boa quantidade de matéria orgânica é muito importante para o desenvolvimento da lavoura.
Existe um tipo de preparo que vem sendo muito utilizado na agricultura: o preparo profundo do solo. Ele está relacionado ao aumento da produtividade na produção agrícola, e com a soja não é diferente.
Este tipo de preparo, em concomitância com o manejo de pragas, doenças, ervas daninhas, fertilização do solo e outros pontos importantes para o aumento da produção, tem sido uma ótima saída para a manutenção da cultura.
Para que seja bem-sucedido, o preparo deve ser planejado, pois ele é feito juntamente com outros procedimentos e trabalhado em grupo com os mesmos.
Estimule a fixação biológica de nitrogênio
O uso adequado de nitrogênio é de grande importância para a melhoria da produtividade de soja por hectare, pois aumenta a qualidade da soja nas lavouras. Mas para que o plantio e colheita sejam positivos, não se deve utilizar fertilizantes nitrogenados, já que eles limitam a fixação biológica de nitrogênio.
Por isso, aposte na fixação por meio da simbiose, ou seja, usando bactérias que estão nos nódulos das raízes. Elas absorvem o nitrogênio que está na composição do ar e o leva para a planta, processo conhecido como fixação biológica.
Estudos realizados pelo pesquisador Luiz Gustavo Moretti, da Universidade do Estado de São Paulo de Botucatu, mostram que a fixação biológica é responsável pelo aumento da produção de soja e também pela qualidade do plantio, o que, por consequência, aumenta a rentabilidade do produtor.
A técnica estudada e realizada por ele mostra que essa fixação é feita por meio da bactéria Bradyrhizobium japonicum e deve ser feita em dois momentos: na plantação da soja grão e quando a planta já estiver maior, em um período de 50 a 70 dias.
Se atente às áreas de refúgio
Se você enfrenta problemas com a proliferação de insetos e pragas em sua lavoura, as áreas de refúgio são uma ótima solução para a manutenção do equilíbrio ecológico e podem melhorar a produtividade de sacas por hectare.
As áreas de refúgio são estratégias que aumentam a qualidade da soja por meio do equilíbrio biológico, controlando a proliferação de pragas. A técnica consiste em reservar uma área para plantas não transgênicas.
Dessa forma, os insetos da área de refúgio cruzam com os insetos do restante da lavoura, fazendo com que surjam outros tipos que não sejam tão resistentes aos inseticidas utilizados na lavoura. Por isso, é uma técnica muito utilizada para manter as grandes plantações.
Para que as áreas de refúgio sejam eficientes, você deve seguir algumas recomendações, como:
- usar quantidade mínima de inseticidas;
- escolher uma área que esteja localizada a 800 m da plantação, no máximo;
- reservar uma área de 20%, no mínimo, no caso da soja.
Essas recomendações são essenciais para o êxito da técnica em sua lavoura e os benefícios serão perceptíveis antes mesmo da colheita.
Cuide do manejo de pragas
Existem muitas formas de cuidar de pragas que se beneficiam das lavouras. A área de refúgio, da qual falamos acima, é uma delas, porém, na agricultura, o manejo integrado de pragas também pode ser utilizado.
Ele é um conjunto conjunto de medidas aplicadas para que o número de pragas fique abaixo do nível denominado como dano econômico.
Quando a população de pragas que atinge a produção está no nível de controle, ele é aplicado. Lembrando que este tipo de manejo é utilizado para reduzir o número de pragas para abaixo do nível de controle, não eliminá-las.
Existem muitas vantagens ao utilizar este método, mas as mais importantes são a manutenção da biodiversidade de uma área agrícola e a diminuição dos impactos ambientais.
No meio agrícola há outras opções como o uso de tecnologias como ferramenta de monitoramento, que vamos explicar no próximo tópico.
Use a tecnologia a seu favor
A tecnologia é uma ótima aliada no setor agropecuário, e, atualmente, existem muitas formas de utilizá-la para auxiliar na lavoura, inclusive para aumentar a rendimento de sacas por hectare. No mercado há uma infinidade de programas que podem ser muito úteis nesse sentido.
Você pode fazer uso de softwares de gestão e monitoramento para a identificação de pragas. Além disso, as doenças que surgem nas plantações também podem ser detectadas com essas tecnologias. Como é do conhecimento de todos os produtores, a soja é um plantio que pode ser atacado facilmente por esses problemas e investir em ferramentas que auxiliam na detecção vale a pena.
Esses softwares geram mapas que indicam as pragas e doenças em cada talhão pertencente à cultura. É por meio desses mapas que é possível identificar a necessidade ou não do controle desses males em área total ou apenas na área onde ocorre a infestação.
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