A equideocultura respondeu com boa velocidade às mudanças provocadas pela pandemia. Um bom exemplo foram os leilões. É verdade que, felizmente, já havia diversos e bons leilões virtuais, mas o que observou foi uma evolução nesse mercado.
O mercado de cavalos acontece no site MF Rural. Acesse nossa página com animais à venda em todo Brasil.
Os resultados verificados, em quantidade de eventos e volume negociado mostram que, usando uma antiga expressão, não deixaram a peteca cair. Da mesma forma, importantes eventos, antes imagináveis apenas com aglomerações, ocorreram de forma bem satisfatória, como o recente evento da ABQM em Araçatuba.
Desta forma, quando pensamos na equideocultura pós pandemia não é preciso descer um patamar para iniciar as projeções, como ocorreu em muitos outros setores da economia.
Podemos partir de uma atividade dinâmica e realizar projeções a partir das oportunidades aproveitadas durante a pandemia e o cenário futuro, com sequelas após todo esse período, mas com ambiente interessante para o agronegócio do cavalo.
Oportunidades aproveitadas na pandemia
A equideocultura, como poucos segmentos, soube aproveitar a forçada parada de algumas atividades devido à pandemia. Mobilizou-se e realizou profundas reflexões. Mais do que isso, colocou em ação importantes iniciativas.
Um destaque foi a criação e entrada em operação do Instituto Brasileiro de Equideocultura (IBEqui). Trata-se de entidade que atua com a união de todas raças, eliminando um dos entraves que havia para o desenvolvimento do segmento, antes dividido nos interesses privados de cada raça sobrepondo, em geral, ao interesse coletivo.
A nova entidade vem trabalhando em ritmo acelerado, permitindo acreditar em grandes avanços, inclusive na representatividade política e na defesa da geração de renda e emprego.
Uma das características marcantes do período de isolamento social foi a realização de inúmeras lives e eventos que permitem a participação e visualização de ilimitado número de interessados.
Observamos interessantes debates e apresentações, desde aqueles promovidos por grupos de extensão de instituições de ensino até reality shows promovidos por criadores, passando por eventos de jornalismo e diversos outros.
Momento em que houve forte divulgação da equideocultura, atingindo expectadores que antes não conheciam nem acompanhavam o mundo dos cavalos, asininos e muares. Isto trará novos atores e simpatizantes para o complexo agropecuário.
Equideocultura: Sequelas da Covid-19
Não apenas a dor das centenas de milhares mortes devidas à COVID-19 pesaram sobre todos nós. Há um grande número de pessoas que foram infectadas, conseguiram se recuperar, mas, infelizmente, com sequelas.
Neste momento, se faz presente a frase utilizada para equoterapia: o cavalo é o mais nobre dos animais na mais nobre das funções. Os já reconhecidos benefícios da equoterapia para os tradicionais praticantes, assumem a importante missão de colaborar na recuperação daqueles recuperados da COVID-19 mas com sequelas.
Não é da forma que gostaríamos, mas reforça a importância da equideocultura pós pandemia.
O novo normal
A tão batida expressão novo normal não pode ser esquecida. Sairemos da pandemia com novos conceitos e novos hábitos. Em um mundo que valoriza atividades sem aglomerações, que compreende muito melhor que antes a importância da integração da saúde mental com a saúde física – mens sana in corpore sano – as atividades equestres encaixam-se com perfeição.
Seja para esporte ou lazer, há poucas oportunidades para os benefícios com a qualidade daqueles proporcionados pelo cavalo. Naturalmente ocorre distanciamento social, pela própria presença física do animal. Em sua grande parte, as atividades são realizadas ao ar livre ou em áreas cobertas mas muito espaçosas.
A conexão com o cavalo, traz benefícios que são bem explorados na prática de equoterapia mas que estende a todos, praticantes ou não. Este é o momento de captar novos adeptos para as saudáveis atividades equestres.
Equideocultura na ponta
Pelo exposto, embora de maneira breve, nos parágrafos anteriores, é possível acreditar, com boas chances de ser realidade, em uma equideocultura mais forte e pujante após a pandemia COVID-19.
Foram criadas novas bases, consolidados fundamentos que já existiam e aberto um cenário que favorece a prática de atividades equestres. O pesar e desânimo que se verifica em outros segmentos e áreas não podem contaminar aqueles que fazem o agronegócio do cavalo acontecer.
A equideocultura está bem preparada, aguardando a abertura dos boxes do partidor representado pelo final da pandemia para disparar na ponta da economia.
Confira também: bem-estar e a economia na criação de cavalos.