Bovinos de corte tem maior crescimento, ganho de peso e rentabilidade com uma nutrição a base de alimentos ricos em vitaminas e minerais.
Maior produtividade na pecuária já não pode mais ser considerada um diferencial, mas sim imprescindível para criação de gado de corte. Uma boa nutrição é essencial para a vida de um gado saudável com ganho de peso regular.
Para o rebanho ter um bom aproveitamento de nutrientes, é fundamental que o produtor conheça as categorias de alimentos que compõem a dieta dos bovinos de corte.
Para que o gado se mantenha vivo, com saúde, produzindo mais e gerando maior rentabilidade, é importante que os pecuaristas conheçam os pilares da nutrição animal. Afinal, são os alimentos certos para nutrição dos bovinos que vão oferecer os nutrientes necessários de acordo com as suas características nutricionais. O ganho de peso e o crescimento do gado também está diretamente relacionado à alimentação.
A alimentação do rebanho deve levar em conta certas questões fundamentais, como as necessidades nutricionais de cada animal, velocidade de peso desejada, viabilidade econômica e disponibilidade de alimentos (de acordo com a sazonalidade e localização regional).
Outro ponto importante são as classificações dos nutrientes e as categorias dos alimentos que fazem parte da dieta dos bovinos de corte.
Nutrição do gado de corte
O desenvolvimento e a reprodução do bovino de corte, bem como todo o seu potencial genético, são gerados a partir da nutrição. Em diferentes quantidades e combinações, a dieta deve ser balanceada com elementos como proteínas, gordura, açúcares, cálcio, minerais, água e vitaminas, essenciais para o desempenho das atividades vitais dos animais.
É essencial que os produtores conheçam a classificação dos nutrientes e as categorias dos alimentos que compõem a dieta dos bovinos para o bom aproveitamento nutricional dessa alimentação. Esses elementos podem ser divididos em duas categorias: matéria seca e água.
A primeira contém o valor nutritivo e é composta por matéria orgânica e mineral, com lipídios e carboidratos que fornecem energia, além de vitaminas e proteínas.
Já o macro e microelementos podem ser encontrados na categoria mineral. Todos estão presentes nos principais alimentos, volumosos ou concentrados, oferecidos aos bovinos.
Principais alimentos para bovinos
Alimentos volumosos são considerados aqueles que contêm alto teor de fibra bruta, mais de 18%, Com baixo valor energético, eles correspondem à soma de todos os nutrientes digestíveis (exceto vitaminas e cinzas dos alimentos). Essa categoria inclui pastagens, forrageiras para corte, silagens, restos culturais, cascas, sabugos e resíduos de agroindústrias.
Com menos de 18% de fibra bruta, os alimentos concentrados têm alto teor energético, com maior concentração de nutrientes do que os volumosos e são divididos em energéticos e proteicos.
Os energéticos, com menos de 20% de proteína pura, podem ser representados essencialmente pelos grãos de cereais, como milho, trigo, arroz, sorgo; e seus derivados, raízes, tubérculos (batata, mandioca etc), bem como os óleos de origem vegetal ou animal e gorduras.
Há ainda os proteicos, que podem ser de origem vegetal, como as oleaginosas (amendoim, algodão, soja), ou de origem animal, com farinha de carne, pena, sangue, sem gorduras e ossos, bem como farelos, excremento de aves, biossintéticos, entre outros.
O concentrado energético mais usado em todo o País para a nutrição animal é o grão de milho triturado. Culturalmente tradicional e presente nas principais regiões de criação, o grão tem valor nutritivo de qualidade, oferecendo energia com 8,5 de proteína bruta e 0,25% de fósforo.
Já a fonte de proteína de melhor qualidade para a alimentação animal, principalmente, de bovinos de corte, é a soja: ela oferece alto teor energético (pois é composta por grandes quantidades de óleo), vitamina D, pouca carotena e baixo teor de cálcio e de fibra. Isso é ainda mais importante considerando que o país continua sendo um dos maiores produtores de soja do mundo.
Suplementação de pastagens para gado de corte
Principal fonte de alimentos para ruminantes no Brasil, a pastagem é favorecida pelo nosso clima tropical, que ajuda no desenvolvimento das forrageiras. Há pelo menos duas estações definidas, que alteram os níveis de qualidade da forragem e crescimento: a de crescimento intenso, com qualidade indicada; e a de baixo crescimento, ou até mesmo nulo, considerada inadequada para o desempenho dos animais.
A época de baixo crescimento é marcada por forragens pobres em proteína, com oferta menor nos pastos e teores maiores de fibras. Isso faz com que os sistemas de produção anualmente baseados somente em pastagens sejam afetados por perda de peso ou pouco ganho de peso. Por isso, a importância de suplementar os animais na época da seca por conta da redução do crescimento das forrageiras e seu baixo teor nutritivo.
Esse tipo de alimentação tem como objetivo fornecer suplementos minerais, proteínas e muita energia aos bovinos de corte. No período da estiagem, tais nutrientes são considerados os pilares da suplementação animal. Confinados ou semi-confinados, os bovinos devem receber alimentos concentrados e volumosos conservados.
Durante a escolha da suplementação, é necessário considerar sua disponibilidade, praticidade, necessidades nutricionais do gado e a economia local.
Veja no vídeo abaixo, 5 alimentos que são proibidos na alimentação animal:
Como vemos, uma nutrição animal adequada é fundamental para o gado de corte alcançar uma produtividade que atenda tanto aos anseios do pecuarista quanto dos frigoríficos, trazendo um melhor resultado financeiro para toda a cadeia.
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