Cocho para confinamento: confira 5 tipos

Cocho para confinamento: confira 5 tipos

Escolher o melhor tipo de cocho para confinamento do gado é uma tarefa essencial para que a dieta oferecida todos os dias ao animal, seja adequada em qualidade e quantidade.

Neste artigo, vamos apresentar 5 tipos de cocho para confinamento. O manejo correto de cada um deles garante a dieta a ser distribuída diariamente aos animais, visando o ganho de peso.

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Cocho para confinamento ad libitum

O tipo de choco ad libitum oferece alimento à vontade, proporcionado em algumas medidas, com a quantidade estabelecida previamente.

Se optar por utilizar esse manejo, é importante verificar qual a quantidade necessária para seu gado, o que pode ser verificado com a leitura do cocho.

Ou seja, você prevê um determinado consumo, dispõe no cocho e no dia seguinte verifica e faz uma classificação. Com isso se torna possível ajustar a quantidade e passar a oferecer a medida necessária.

A porção de ração fornecida pode ser colocada entre seis e 12 vezes por dia. Além disso, é importante limpar o cocho diariamente, retirando o resto de ração que não pode ser aproveitada, deixando a porção viável.

Esse tipo de cocho para confinamento conta com a vantagem de ser mais prático, pois não requer demandas de alto controle. No entanto, pode ter desvantagens, como:

  • Maior índice de sobra de ração;
  • Maior quantidade de tratos;
  • Variação maior no consumo, o que pode acarretar em maiores riscos de acidose.

Cocho bica corrida

Esse tipo de cocho costuma ser menos vantajoso que o anterior, pois a diferença do bica corrida para o ad libitum é que nesse não há leitura do cocho.

Assim, sem acompanhamento para verificar as perdas de ração ou falta, a qualidade da dieta do gado pode restar prejudicada.

Gado se alimentando em cocho
Tipo de cocho de bica corrida tem como desvantagem não ter o acompanhamento das perdas de alimentos.

Mas, segundo estudo realizado pelo zootecnista Danilo Domingues Millen, da Faculdade de Ciências Agrárias da Unesp, campus de Dracena/SP, cresceu a participação do descarregamento programado por baia (de 46,6%, em 2009, para 69,47% em 2020), em detrimento do sistema de “bica corrida”, onde não há controle de quanto de ração foi despejado por baia.

Manejo restritivo

O manejo restritivo é um tipo de cocho que conta com uma grande vantagem, principalmente em se tratando de confinamento, que é de melhorar a conversão alimentar em até 8 ou 9%. Ademais, esse manejo de cocho mantém o ganho médio diário e o rendimento de carcaça.

Para tanto, depois que você definir qual a quantidade contínua necessária para a dieta do gado, esse tipo de cocho restringe em até 15% o nível de consumo que seria fornecido no cocho ad libitum.

Nesse caso, uma das desvantagens é o risco de acabar restringindo mais de 15% pela dificuldade de verificar o real consumo ad libitum.

Cocho limpo

O quarto tipo de cocho que vamos apresentar nesse artigo é o cocho limpo e permite o consumo à vontade, com quatro ou cinco tratos por dia, durante o período de confinamento do gado.

Nesse caso, você oferece quantidade estabelecida previamente utilizando como base a leitura dos últimos dias.

Nesse cocho, precisa sobrar menos de 3% de ração no cocho na manhã seguinte.

Animais em confinamento se alimentando em cochos
O pecuarista deve escolher o tipo de cocho em que há menor perda de alimento e facilidade de manejo.

As leituras aqui são muito importantes, de modo que são realizadas três. Uma de manhã antes do primeiro trato, para que seja fixada a quantidade do dia.

Depois, antes do último trato é feita mais uma leitura para constatar se tudo está dentro do normal. Por fim, entre 21h ou 22h ocorre a última leitura para auxiliar na manhã do outro dia.

Esse cocho tem várias vantagens como melhorar conversão dos alimentos, redução de inconstância de consumo e possibilita maior previsão na logística.

Ademais, como desvantagens há a logística mais complexa e desperdício de ração.

Cocho de manejo controlado no confinamento

Por fim, existe o cocho de manejo controlado no sistema de confinamento de gado.

Nesse modelo tem muita semelhança com o cocho limpo. Porém, aqui você reaproveita a sobra de ração que for viável do cocho do dia anterior.

Em relação às quantidades, também são estabelecidas previamente e o resultado que se espera é que sobre ração no dia seguinte entre 1% a 8%.

Como vantagem, é possível citar a possibilidade de reaproveitar a ração e melhora a conversão alimentar. E entre as desvantagens desse cocho está maior gasto de tempo em gestão e controle.

No vídeo abaixo, confira como funciona o cocho eletrônico que identifica animais com melhor eficiência alimentar, ou seja, que ganhem mais peso comendo menos, uma questão importante principalmente no caso de confinamento do gado:

Fonte: Dia de Campo na TV.

Dicas para escolha do cocho ideal

Agora que você já conhece os cinco tipos de cocho para alimentação do gado, principalmente em se tratando de confinamento, confira algumas recomendações importantes:

  • O cocho deve facilitar a movimentação da cabeça do animal, sem machucar os outros;
  • Devem ser espaçosos para que a alimentação não caia ao chão durante a alimentação;
  • Devem evitar possíveis acidentes;
  • Os animais tem a possibilidade de comer igual;
  • O cocho pode ser feito de acordo com a dieta do animal.

Mas, se você pecuarista, mantém o gado no pasto e não em confinamento, confira nosso artigo sobre a importância da suplementação para gado de corte a pasto. Boa leitura!

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