Se tem uma profissão que está em alta e evolui cada vez mais em seus processos, contando com instrumentos tecnológicos cada vez mais precisos e avançados é a agronomia. O agrônomo ou engenheiro agrônomo trabalha para melhorar e conservar a qualidade e a produtividade de plantações e rebanhos.
Como conhece bem as técnicas de cultivo, pode atuar em qualquer etapa da cadeia produtiva – do plantio à colheita, das pastagens do gado e também no processamento e na venda dos produtos agropecuários. Monitora o preparo do solo, combate pragas e doenças e controla a colheita, o armazenamento e a distribuição da safra.
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A tecnologia chega ao campo
Para melhorar a produtividade das lavouras e dos rebanhos, o monitoramento das terras, do clima e a qualidade da produção, o agronegócio brasileiro vem adotando soluções tecnológicas.
Big data (para criar relatórios e previsões sobre ações executadas nas fazendas, como combate às pragas), drones (para rastreamento e mapeamento de propriedades) e plataformas de varejo eletrônico são ferramentas usadas pela agronomia na produção agrícola.
Esta é uma boa notícia para agrônomos familiarizados com novas tecnologias.
O trabalho do engenheiro agrônomo
Administração rural: gerenciar unidades de produção de propriedades rurais, desde o planejamento das compras até o gerenciamento de equipamentos e recursos humanos.
Defesa sanitária: combater pragas e prevenir doenças em lavouras e rebanhos.
Economia e administração agroindustrial: planejar e gerenciar as operações de distribuição e venda de produtos agrícolas. Coordenar programas de crédito rural para cooperativas e pequenos produtores.
Engenharia rural: projetar obras em propriedades rurais, como nivelamento do solo e montagem de sistemas de irrigação.
Ensino: lecionar em escolas públicas ou particulares de educação profissional ou em faculdades.
Fitotecnia: acompanhar o cultivo e a colheita de safras, buscando aumentar a produtividade por meio da seleção de sementes, do emprego de adubos e do combate a pragas.
Indústria e venda de alimentos: supervisionar a estratégia de produção e de preços de alimentos de origem animal e vegetal.
Manejo ambiental: explorar os recursos naturais, visando à preservação ambiental, em atividades como elaboração de relatórios de impacto ambiental, recuperação de terras degradadas e coordenação de projetos de reflorestamento.
Melhoramento animal e vegetal: realizar pesquisas e desenvolver técnicas visando à melhoria da produção.
Produção agroindustrial: gerenciar a industrialização de produtos agrícolas. Pesquisar novas tecnologias e produtos.
Silvicultura: recuperar matas devastadas e cuidar do plantio e do manejo de áreas de reflorestamento.
Solo: preservar a fertilidade e controlar as propriedades físicas dos solos, prescrevendo seu manejo.
Zootecnia: controlar a produção de pastagens e grãos usados na agropecuária. Planejar criações animais.
Mercado de trabalho na agronomia
O agronegócio representa 23% do PIB brasileiro, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq-USP, e a agricultura é a principal responsável por esse desempenho.
O Ministério da Agricultura projeta que, em dez anos, a área do plantio de soja crescerá 30% em relação à atual. As lavouras de cana-de-açúcar, milho, flores ornamentais e oliveiras (para produção de azeitona e de azeite) também devem expandir. Os números positivos mostram que o agronegócio se mantém aquecido, elevando a procura por profissionais da agronomia.
Como grande parte das exportações do Brasil é de commodities, vêm daí as melhores oportunidades para o agrônomo, em órgãos do governo, em empresas exportadoras ou importadoras, em indústrias de alimentos, sementes, adubos e equipamentos, ou em grandes propriedades rurais.
O gerente agrícola, responsável pela gestão das unidades de produção, também é requisitado. Ele cuida do planejamento das atividades agrícolas, do orçamento, do controle de custos e da logística de produção. Aumenta, ainda, a produção de alimentos orgânicos.
Há boa oferta de trabalho de agronomia nas regiões com grandes extensões de terra dedicadas à produção agrícola, como Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Há perspectiva de expansão agrícola na Região Norte, no Pará e em Tocantins, e no Nordeste, no Maranhão e no Piauí.