A alface (Lactuca sativa L.) é uma das hortaliças folhosas mais consumida no mundo, sendo sua produção destinada a saladas ou em sanduíches. Na região Nordeste do Brasil, a cultura vem sendo produzida em grande escala, por haver um ambiente favorável ao seu crescimento vegetativo da cultura.
Por ser vastamente lavrada, torna-se indispensável a procura por métodos que propiciem a otimização da produção, de forma que garanta a sustentabilidade ambiental nas áreas de cultivo dessa hortaliça.
O uso consecutivo de adubos inorgânicos em cultivar de hortaliças pode ocasionar destruições em longo prazo no solo.
Esses adubos, também podem ser lixiviados para regiões abaixo da desordem radicular das plantas na ocorrência de chuvas ou irrigações, levando à contaminação superficial e de águas subterrâneas.
O uso de resíduos orgânicos, pode ser uma alternativa viável ao produtor, pois garante às plantas os nutrientes necessários e, ainda, permite reduzir a quantidade de adubos inorgânicos adicionados ao solo, mantendo sua qualidade e evitando problemas de degradação e lixiviação de nutrientes.
O fertilizante organomineral é uma combinação de compostos orgânicos com o complemento de fontes minerais.
Com a quantidade grande de matéria orgânica e mineral, os prejuízos dos nutrientes eficazes, como NPK via volatilização, fixação e lixiviação, são diminuídas consideravelmente, derivando no maior aproveitamento do adubo no solo e consequente aumento de produção.
A cultura do alface
A alface é uma planta herbácea, anual, pertencente à família Asteraceae. É de extrema importância na alimentação humana, por ser fonte de vitaminas e sais minerais.
Tem esta ênfase não só por seu sabor e qualidade nutritiva, mas sim por ser fácil de adquirir, e apresentar custo baixo. A cultura apresenta um sistema radicular muito ramificado e superficial, explorando os primeiros 0,25 m de profundidade do solo.
A raiz é pivotante e pode atingir até 0,60 m de profundidade, sendo que está cultura se adapta melhor a solos de textura média com boa capacidade de retenção de água.
O que são organominerais
Os fertilizantes organominerais são produtos constituídos por adubos minerais e material orgânico.
Para serem qualificados como organominerais, esses fertilizantes carecem apresentar concentrações menores de nutrientes (primários, secundários ou micronutrientes) e carbono orgânico.
O emprego da adubação organomineral é estimada uma das alternativas para assegurar maior ganho das culturas e melhor qualidade da produção.
Origem
Originam-se da adição de resíduos orgânicos a quantidades de NPK. Essas misturas foram sendo aperfeiçoadas com a introdução de maior quantidade de nutrientes minerais, de acordo com as respostas das culturas.
Contudo, se a mistura artesanal entre frações orgânicas e minerais não resultar em eficiência nutricional superior ao adubo orgânico simples e não atender à legislação quanto às quantidades mínimas de nutrientes, não é possível considerá-la fertilizante organomineral.
No vídeo abaixo, confira o que são os organominerais, como são produzidos e quais os benefícios:
Propriedades dos organominerais
Os organominerais tem propriedades de ambos os fertilizantes, tanto orgânicos quanto minerais, obtendo baixa perda de nutrientes necessitado à fração orgânica, constituindo os valores próximos de zero. Dessa maneira, possui um maior aproveitamento do fertilizante no solo, diminuindo os gastos com esse insumo.
Além disto, a economia provocada pela diminuição das perdas dos nutrientes, os adubos organominerais beneficiam a proliferação de micro-organismos responsáveis por solubilizar os fertilizantes minerais, amparando assim na maior liberação de nutrientes para as plantas.
Formas de aplicação
Existem duas formas de aplicação de fertilizantes organominerais no solo: primeiramente a mistura do fertilizante mineral com o orgânico e a outra é a formulação organomineral.
Independentemente de como é realizada sua forma de aplicação, esses fertilizantes proporcionam propriedades de amplo interesse agronômico. Apresentando melhor taxa de mineralização, especialmente para nutrientes como potássio, nitrogênio e fósforo, sendo essa uma característica de pouco efeito dos adubos orgânicos.
Benefícios do uso de Organominerais
Benfeitorias agronômicas, como melhor incremento radicular, recuperação da flora microbiana, baixo risco de erosão, redução da acidificação do solo, menor custo operacional e aumento da retenção de água no solo são descritos devido ao uso de fertilizantes organominerais (LEVRERO, 2009).
Dessa maneira, os fertilizantes organominerais carecem ganhar máxima atenção nas pesquisas, podendo ser uma excelente escolha para a redução do uso de fertilizantes minerais e para a correta alocação de resíduos orgânicos lançados em grande escala por diversos setores, como o industrial, o agropecuário e o urbano.
Resultados de pesquisas
De acordo com estudos realizados por Katayama (1993), Fernandes; Martins (1999) e Filgueira (2003) avaliando o diâmetro do caule em função de diferentes adubos organominerais, verificaram um aumento significativo quando comparado com a testemunha.
Segundo Kiehl (2010), os adubos organominerais aplicados ao solo sempre proporcionaram respostas positivas sobre a produção das culturas, chegando a igualarem ou até mesmo superarem os efeitos dos fertilizantes minerais.
Entretanto, dependendo de sua composição química, taxa de mineralização e/ou lixiviação no teor de N, ocorrem devido as influências das condições climáticas.
Estudos realizados por Turazi et al. (2006) diagnosticaram que independente da concentração de N no vermicomposto, houve um aumento significativo no número de folhas de alface comparado à testemunha.
Os autores, ressalta que a adubação nitrogenada é importante para o desenvolvimento do número de células e consequentemente no maior desenvolvimento vegetativo das plantas.
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