Como fazer a sucessão familiar no agronegócio

Como fazer a sucessão familiar no agronegócio

Falar em sucessão familiar não significa o fim de tudo. Essa palavra ainda gera desconforto em muitos, por acreditar que só pensar em transferir a administração dos negócios é chegado o fim da jornada.

Dentre alguns significados, podemos considerar que sucessão significa ato ou efeito de suceder, de vir depois; continuação.

É a sequência de pessoas, de eventos, de circunstâncias que ocorrem sem pausas ou com pequeno intervalo; ação de quem assume o lugar ou trabalho de outra pessoa; substituição.

Muitos não querem abrir mão do controle sobre a propriedade, por medo de perder o poder e descaracterizá-la. Com isso resistem em passar o comando às novas gerações.

Com a difusão desse pensamento, muitos empreendimentos se viram arruinados, porque não se preparam ao processo sucessório, e sem preparo do administrador sucessor se viram à mercê de compradores que puseram fim ao que era familiar.

Parece missão difícil, pensar que ao longo dos anos se almejou e trabalhou tanto para em determinado momento possa entregar seu patrimônio nas mãos de outra pessoa, mesmo que seja(am)  filho(s) ou descendente(s).

Sucessão familiar no agronegócio

A sucessão familiar no agronegócio não costuma ser um processo fácil, porém necessária. Aliás, vincula-se ao falecimento do patriarca ou matriarca, quando na verdade deve ser pensado como manter e garantir a permanecia do negocio dentro da família.

Sucessão familiar: pai e filho trabalhando juntos
A sucessão familiar deve ser feita com planejamento e levar em conta todos os detalhes que envolvem a propriedade rural.

Sendo assim, visando obter uma sucessão familiar bem-sucedida e garantir a continuidade do negócio, é necessário buscar se planejar com antecedência e não negligenciar detalhes como a gestão e resolução de problemas familiares

Nada precisa ser feito de forma repentina. Afinal, o processo de transição quando bem planejado pode acontecer sem traumas e de forma gradativa, partindo desde a escolha do sucessor ou sucessores, preparando-os e capacitando-os no sentido de assumir os negócios da família.

Quebra de paradigmas

Um dos primeiros desafios, é a quebra de paradigmas. Não podemos ignorar que um jovem pense diferente de seus pais, e por mais que divirjam em seus pensamentos e convicções não que dizer que estejam errados.

O passado pode aprender com o futuro: o frescor de novas ideias, novos valores pode contribuir para vigor do negocio familiar.

Outro desafio é a escolha do sucessor – elemento muito relevante no processo de sucessão. É importante separar fatores emocionais, o apego e amor. É imprescindível identificar o herdeiro com mais facilidade de assumir o gerenciamento do negócio.

Preparo à sucessão familiar

O mais comum no agronegócio é o patriarca escolha e prepare um dos filhos para assumir a responsabilidade de gerenciar a fazenda.

Assim sendo, nesse caso, o ideal é que o herdeiro esteja disposto a assumir essa responsabilidade e se capacitar, seja por meio de cursos ou de experiências profissionais no meio rural.

Pai e filho analisando a qualidade do solo
Para assumir a administração da fazenda, o filho escolhido deve conhecer bem o agronegócio da família.

O despreparo  e a inexperiência pode gerar consequências negativas impactando em decisões erradas.

Muitos jovens, durante a vida, acompanharam seus pais no trabalho de campo e nas rotinas administrativas. Em algum momento se desestimularam ou foram buscar novas oportunidades fora.

Sendo assim, grande parte se muda para as grandes cidades em busca de novas oportunidades. Quando voltam para assumir os negócios da família precisam entender, de fato, como funciona o gerenciamento da propriedade.

Com informações registradas e organizadas fica mais fácil do herdeiro tomar decisões, quando estiver no comando da empresa e isso certamente só será possível se iniciar antecipadamente.

Importância do planejamento

Portanto, visto os pontos ponderados, em tudo na vida cabe o planejamento e para obter sucesso é preciso separar claramente os conceitos de família, propriedade e empresa e considerar pontos que podem afetar o processo sucessório.

Negar a sucessão ou impedi-la pode impossibilitar o crescimento do negócio.

No final, o mais importante é que haja preparação para que a transição acontece: sucessor tenha iniciativa, garra e conhecimento para administrar e manter vivo o legado que lhe foi deixado.

Veja também: Empreendedorismo na fazenda: confira algumas dicas para melhores resultados

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