O sistema de transmissão de tratores agrícolas (torque e rotação) tem por principal finalidade, como o próprio nome já diz, transmitir a potência gerada no motor ao sistema hidráulico, tomada de potência e às rodas motrizes.
O sistema é formado por um conjunto de componentes com funções distintas: embreagem, câmbio, diferencial e redução final.
Neste artigo, iremos apresentar os principais tipos de transmissão de tratores e também como funciona esse sistema que é fundamental ao bom funcionamento dessa máquina agrícola. Confira!
O que é a transmissão de tratores?
O trator é uma ferramenta essencial ao trabalho no campo. Ele é composto de motor, sistema de transmissão, sistema de direção e de sustentação e componentes complementares, onde são acoplados os implementos agrícolas.
O sistema de transmissão é um conjunto de engrenagens que têm como função principal realizar a transferência de torque, gerado pelo funcionamento do motor, às demais partes do trator. Por exemplo: as rodas, sistema hidráulico e a tomada de potência (TDP).
Dessa forma, a transmissão acaba realizando duas atividades ao mesmo tempo. Ela trabalha reduzindo o número de rotações do motor e ao mesmo tempo amplia a quantidade de torque produzida.
Com isso, a transmissão tem relação direta com a potência dos tratores, que, por sua vez, é calculada fazendo a multiplicação da quantidade de torque pela quantidade de giros do motor.
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A transmissão de tratores e as caixas de câmbio
As caixas de câmbio são parte importante do sistema de transmissão de tratores. Elas são formadas por um conjunto de engrenagens que realizam as trocas de marchas. Consequentemente, selecionam diferentes padrões de velocidade e torque.
Por exemplo: as marchas iniciais imprimem mais torque e menos velocidade. Além das marchas, o conjunto também conta com o “ponto morto” e a ré.
A quantidade de marchas em uma caixa de câmbio varia de acordo com o modelo do trator, sua função e a transmissão. Quanto maior o número de marchas, maiores são as possibilidades de selecionar corretamente a velocidade e o torque.
Os modelos de transmissão de tratores mais comuns são:
Transmissão mecânica
Esse é o modelo mais simples de transmissão de tratores, com potência menor que 111,8kW, sendo destinado às atividades mais leves. Pode ser dividida em dois tipos: a deslizante e a sincronizada.
O sistema deslizante é mais simples, mas muito eficiente. Entretanto, os dentes das engrenagens estão sujeitos a um maior desgaste com o tempo. A desvantagem é que, quando for realizar a troca de marcha, o operador precisa parar totalmente a máquina.
Já o sistema sincronizado é composto por um conjunto de anéis sincronizadores. Eles giram continuamente e são os responsáveis por ligar as engrenagens visando permitir a troca de marchas, sem a necessidade de parar totalmente o equipamento.
Dessa forma, a troca de marcha é mais fácil, já que esses anéis permitem uma aproximação da velocidade dos giros entre as engrenagens que serão encaixadas. Só que nesse modelo é necessário acionar a embreagem, interrompendo momentaneamente o fornecimento de potência.
Modelo powershift
Esse modelo de transmissão é formado por um conjunto de vários discos que utilizam a pressão visando direcionar a potência do motor. Os discos são encontrados em ambos os eixos de transmissão. Quando óleo sob pressão chega ao sistema, os discos se juntam fazendo a troca de marchas.
Com esse tipo de transmissão é possível reduzir a velocidade e aumentar o torque dos tratores sem a necessidade de acionar o pedal da embreagem ou parar o maquinário, como ocorre na transmissão mecânica. Assim, permite manter uma velocidade ideal a cada tipo de atividade realizada com os tratores.
Entre as vantagens, estão a redução do consumo de combustível e o aumento da eficiência do equipamento. Eles são úteis principalmente em tarefas mais leves na propriedade agrícola porque o acionamento da embreagem é eletro-hidráulico.
Existem modelos de tratores no mercado que permitem a troca de todas as marchas sem a necessidade de pisar na embreagem ou modelos híbridos.
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Transmissão CVT
As transmissões CVT (Continuamente Variáveis) possuem dois ramos responsáveis por levar a potência do motor até as rodas. Seu sistema é composto por dois nós: um fica na entrada da CVT e outro na saída. Em um dos ramos é instalado um variador (ramo hidrostático), o outro trabalha de forma mecânica.
O variador é a principal característica dessa transmissão de tratores, uma vez que permite diversas trocas de marchas, bem como outras velocidades de deslocamento.
Nas transmissões do modelo CVT o motor e o sistema de transmissão atuam independente um do outro. Por isso, esses tratores contam com um sistema de gestão conjunta.
Sendo assim, a versatilidade dessas máquinas oferece aos usuários várias formas de condução diferentes, permitindo seu maior ponto de eficiência, unindo rapidez e qualidade com um consumo menor de combustível.
Conclusão
Portanto, conforme mostramos neste artigo, ao adquirir um trator, não basta apenas pensar na potência do motor porque, na verdade, é preciso “levar” esses cavalos de potência aos demais componentes do veículo, através do sistema de transmissão. Dessa maneira, atentar-se a esse ponto é fundamental.
E então, esse artigo foi útil para você? Aproveite e acesse nosso post que aborda cinco dicas para aumentar a vida útil do trator. Boa leitura!
