Escolher o melhor adubo para sua lavoura nem sempre é uma tarefa fácil. É preciso conhecer bem os tipos de nutrientes que podem ser usados, em quais pontos trazem vantagens, período do ano de maior efetividade, como aplicá-los, etc.
Dessa forma, neste conteúdo, abordaremos este assunto de forma mais detalhada. Primeiramente é preciso deixar claro que não é uma escolha tão simples.
É importante entender todos os pontos que precisam ser pensados na hora de escolher o adubo para garantir uma lavoura mais qualificada e produtiva.
Tipos de adubo para a lavoura
Primeiramente, vamos citar os tipos de adubo que podem ser escolhidos. São várias opções, como o adubo orgânico, mineral, folear e os formulados para determinada atividade.
Cada um tem suas características próprias. Portanto, para saber o melhor é preciso entender o contexto de cada lavoura.
Isso envolve também o tempo desejado para se obter resultado. Além disso, o tamanho da plantação e do espaço físico disponível para o processo de adubação.
Comparação entre adubo orgânico e mineral
Entrando ainda mais no tema, um tópico interessante é a comparação entre os tipos de adubo orgânico e mineral.
Afinal, uma das formas de saber qual a melhor opção é, obviamente, colocando no papel as diferenças entre estes tipos de adubo, para constatar os prós e contras de cada um.
Começando pelo adubo orgânico, que é obtido por meio de matéria de origem vegetal ou animal, como esterco. Costuma ter os nutrientes menos concentrados.
Por isso, é necessário aplicar maior quantidade do produto para se obter um resultado satisfatório. Isso leva a uma dificuldade maior, caso o tamanho da área a ser usada seja muito extensa.
Em grandes plantações, o trabalho de usar o adubo orgânico, além do investimento nas quantidades de nutrientes, é um fator negativo muito relevante.
Adubo mineral: características
O adubo mineral, obtido a partir de extração mineral ou refino de petróleo (como o cloreto de potássio), resolve esta questão. É que tem característica oposta: ele é extremamente concentrado. Assim, em larga escala, é mais fácil utilizá-lo.
Por outro lado, a favor do adubo orgânico está o fato de melhorar o solo em que a lavoura é produzida.
Pensando no planejamento a longo prazo, este produto garante maior qualidade da terra, melhora a fertilidade e a retenção de nutrientes. Já o adubo mineral pouco muda a constituição do solo nestes aspectos citados.
Para que isso aconteça, é preciso faz uma análise do solo em laboratório, afim de detectar as deficiências específicas da terra e têm funções determinantes no desenvolvimento da planta.
O maior benefício da adubação mineral é a aplicação exata do que está deficiente na terra para a cultura em questão.
Sendo assim, já fica claro que, como o contexto de escolha entre o adubo orgânico e mineral, vai depender do seu objetivo: ter um solo melhor a longo prazo ou um resultado mais rápido e facilitado pelo uso do adubo mineral?
Assim, responder a estas perguntas é essencial e mostra como não existe uma solução fechada sobre qual o melhor adubo. Por isso, vai depender do agricultor definir os objetivos de sua produção agrícola.
Adubo foliar
Mais um ponto que deve ser apresentado é a questão dos adubos líquidos. Este formato vem crescendo nos últimos anos. A melhora nas tecnologias relacionadas à agricultura permite que a qualidade seja cada vez maior.
Dentro dos tipos de adubo líquido, uma forma destacada é a chamada adubação foliar. Focaremos nela como mais uma opção clara na escolha do melhor uso dos nutrientes na lavoura.
Aliás, o adubo foliar é capaz de dar às plantas a quantidade de nutrientes necessárias para seu funcionamento. Isso, dentro dos objetivos da lavoura, com desenvolvimento completo de suas capacidades produtivas.
Diferente dos orgânicos e/ou minerais, citados no tópico anterior, a adubação foliar, como o nome já diz, não é feita diretamente no solo.
Ela é colocada na superfície das folhas de plantas. A partir dos processos internos, o produto chega às raízes. Depois disso, conclui o processo de adubação no solo daquela área de plantio.
Ciclo das plantas
O principal desafio do adubo foliar é entender perfeitamente o ciclo de funcionamento das plantas.
Por exemplo: o processo de abertura dos estômatos, para que o produto possa se infiltrar e chegar às raízes, é feito pelos vegetais em momentos de luz solar intensa.
Portanto, não adianta aplicar a adubação foliar em momentos de pouca luminosidade, sob risco de perder a sua eficiência.
Outros detalhes, como a temperatura e o pH da solução também tem importância neste processo.
Assim, é preciso muito conhecimento e tempo de estudo para aplicação do adubo foliar. Se não há esta possibilidade, é melhor não arriscar este formato.
Alguns dos elementos mais utilizados, como adubo foliar, são o zinco e o manganês, entre outros.
Confira, no vídeo abaixo, como deve ser feita a adubação foliar nas lavouras de soja, conforme projeto da Embrapa:
Entenda os objetivos para descobrir o melhor adubo para a lavoura
Usando a adubação orgânica, a mineral ou a foliar fica claro o ponto principal da discussão. É preciso entender as condições da lavoura, objetivos do produtor, velocidade necessária, proteção do solo a longo prazo, etc.
Dessa forma, não adianta fechar a ideia em um tipo de adubo, que seria a melhor solução para todas as questões. Há prós e contras em todos eles, como foi visto. O que importa é a criação de um plano claro de ação na lavoura.
Com as ideias bem definidas, é possível comparar os diferentes tipos de adubação, sempre com a base nos planos do agricultor.
Portanto, a partir daí, certamente ficará mais fácil ver qual é o tipo que resolve o maior número de problemas, pensando nos objetivos gerais.
Confira também nosso artigo que dá sete dicas de como fazer adubação corretamente na lavoura.